Dengue: União Europeia aprova uso de segunda vacina contra a doença
Vacina da Takeda é a primeira desenvolvida para pessoas que nunca foram expostas à dengue e a segunda aprovada no mundo contra a doença
atualizado
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou, nesta quinta-feira (8/12), o uso da vacina contra a dengue da farmacêutica Takeda. O imunizante, chamado Qdenga, é o primeiro desenvolvido para pessoas que não foram previamente expostas ao patógeno responsável pela doença.
A vacina de vírus atenuado é destinada à imunização de pessoas com 4 anos ou mais, para a prevenção de qualquer um dos quatro sorotipos da dengue. Estudos clínicos mostram que ela confere ampla proteção inclusive para crianças pequenas e adultos com mais de 45 anos de idade após a aplicação das duas doses.
Além do imunizante da farmacêutica japonesa, há apenas um outro disponível para a prevenção da dengue, a Dengvaxia, desenvolvido pela sa Sanofi e aprovado em 2015. No entanto, esta opção só pode ser istrada em pessoas que já foram infectadas.
Em indivíduos sem histórico de infecção, a Dengvaxia aumenta o risco de doença grave, com febre hemorrágica, que pode ser causada por uma condição rara chamada intensificação dependente de anticorpos (ADE), na qual a vacinação induz anticorpos que pioram uma infecção subsequente.
Dengue
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a doença causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti mata aproximadamente 20 mil pessoas todos os anos, na maioria crianças.
O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre arboviroses mostra que o Brasil acumula 975 óbitos causados pela doença até novembro de 2022. O número é o mais alto desde 2015, quando foram registradas 986 mortes.
No país, o Instituto Butantan está desenvolvendo, desde 2009, uma versão do imunizante contra dengue. O produto está na última fase do estudo clínico, mas a fórmula ainda não foi submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nas fases anteriores da pesquisa foram constatadas a geração de anticorpos em 100% dos voluntários que já haviam tido contato com a doença e em mais de 90% dos que nunca tiveram dengue. A vacina em dose única, para proteção contra os quatro subtipos da doença, se mostrou segura e não causou efeitos adversos considerados graves.
(Com informações da agência Reuters)
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