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Um artista fiel à sua música, a seu público e a si próprio. Assim é Raimundo Fagner, nome com lugar cativo no panteão dos grandes da MPB. Fagner viaja o país com o show no qual celebra 50 anos de carreira, marco atingido em 2023, cinco décadas depois de lançar o antológico Manera Fru fru, Manera. Naquele mesmo ano, caiu nas graças de Nara Leão (1942-1989) e Elis Regina (1945-1982), intérpretes exigentes e singulares, e, na década seguinte, conheceu a consagração popular, lotando, desde então, casas de shows país afora (e não será diferente no Vivo Rio, onde canta este fim de semana). Fagner resistiu com bravura às tentações do mercado.
“O Brasil está batendo cabeça”, avalia nesta entrevista, por telefone, ao NEW MAG. A conversa era para durar 20 minutos e estendeu-se com o grande artista falando sobre pilares da sua discografia – como o álbum Ave Noturna, de 1975. A seguir, ele saúda novos e antigos parceiros, endossa a legitimidade do piseiro, reconhece-se cabreiro com a Inteligência Artificial e é categórico em relação à força que a TV ainda tem na vida dos brasileiros.