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Em discussão, a reforma agrária

atualizado

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Transcrevo parte do diálogo travado no espaço de comentários deste blog pelos leitores que assinam O Paraense e Tristão Gonçalves.

O PARAENSE

O problema em fazer a reforma agrária é sobretudo financeiro. Não há dinheiro para conduzi-la sem sacrificar os acordos econômicos brasileiros. Do ponto de vista custo-benefício, ela permitiria o barateamento da vida nas cidades, inverteria os fluxos migratórios urbanos fixando as famílias no campo, e reduziria a favelização e violência nas grandes cidades.

O problema é que o FMI e os bancos credores não reconhecem a reforma agrária como item no financiamento de programas sociais para reduzir o impacto do ajuste estrutural na economia. Por uma razão simples: na lógica dos países ricos, a agricultura e a pecuária são negócios de empresas e não de famílias.

TRISTÃO

Acho esquisito. Os Bancos e o FMI podem interferir de tal forma na política interna do país? Na condução e execução da istração do país? Isto parece raciocínio de MST et caterva.

PARAENSE

Não, não é. O Banco Mundial financia programas sociais para diminuir o impacto negativo das políticas voltadas para o ajuste estrutural da economia. Eles sabem que a transição para uma economia de livre mercado, onde o papel do Estado se reduz ao mínimo necessário, é um momento crítico. É o caso dos chamados programas de transferência de renda, hoje usados largamente nos países subdesenvolvidos, em desenvolvimento e naquelas ex-repúblicas soviéticas que agora integram a União Europeia.

Ocorre que para financiamento da reforma agrária praticamente não existe recurso. Ou porque ela já foi feita na maioria dos países ou porque em outros ela não se impõe como problema. E, sobretudo, porque os países ricos consideram que o estágio de desenvolvimento da produção de alimentos, fortemente industrializada, prescinde de pequenos/médios produtores.

TRISTÃO

Olha, Paraense, se realmente é isto, então os nossos credores são tapados em não ver o problema social do Brasil pelos benefícios que traria essa bendita reforma agrária. Pior, o Lula deveria, neste caso, pegar sua arrogância e botar a boca no trombone informando o povo brasileiro e fazendo a maldita reforma na marra! Eu faria, se no lugar dele.

PARAENSE

Não é que eles sejam tapados. São banqueiros que põem o dinheiro onde acreditam que devem por. Quanto à solução sugerida por você, o problema é o custo político das consequências. A sociedade brasileira toparia uma guinada tão à esquerda que contraria interesses que vão desde aqueles referentes ao pagamento da dívida externa aos das oligarquias rurais?

Para que fosse realizada, haveria necessidade de se refazer o pacto social neste país, ter a população, o Congresso, os ruralistas sérios e os governadores alinhados com a política agrária do governo federal. Difícil, não é?

TRISTÃO

Mas não é impossível.

 

(Publicado aqui em 19 de fevereiro de 2025)

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