Bolsonaro decide acompanhar 2° dia de julgamento no Senado
Ex-presidente assiste, no Senado, no gabinete do filho Flávio Bolsonaro, à sessão do julgamento que pode torná-lo réu
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu assistir ao segundo dia do julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no Senado Federal. A Corte decide nesta quarta-feira (26/3) se ele e sete aliados viram réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.
O ex-presidente acompanha o julgamento no gabinete do filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pretende dar uma declaração à imprensa quando o veredito do Supremo for dado.
A denúncia contra Bolsonaro começou a ser analisada nessa terça-feira (25/3), e a sessão foi retomada nesta quarta com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) esteve com o ex-presidente antes das 10h da manhã. Ao sair, disse a jornalistas que Bolsonaro “estava forte como sempre”. Mais tarde, ela publicou imagens do encontro. Veja:
A denúncia
- Entre os crimes imputados ao ex-presidente e aos outros denunciados, estão liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
- A denúncia da PGR foi reforçada nessa terça, após a apresentação das defesas de todos os denunciados. “A manifestação é pelo recebimento da denúncia”, disse Paulo Gonet, procurador-geral da República.
- Gonet rebateu, de forma conjunta, os argumentos apresentados pelos oito investigados que fazem parte do chamado núcleo central da suposta organização criminosa. A PGR fatiou a denúncia do STF sobre os acusados pela trama golpista em cinco núcleos. No total, 34 pessoas foram denunciadas.
- Nesta fase, a Primeira Turma analisa a denúncia contra 8 deles, incluindo Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno.
1º dia de julgamento no STF
Na terça, o ex-presidente acompanhou todo o primeiro dia do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) na sala da Primeira Turma do STF, em Brasília.
Sentado em frente ao ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma, Bolsonaro manteve-se tranquilo durante toda a sessão, frequentemente conferindo o telefone celular.
O ex-titular do Planalto focou Moraes apenas durante as últimas votações do dia, especialmente quando o ministro rejeitou argumentos da defesa sobre supostas irregularidades na delação tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Quando Moraes afirmou que a colaboração de Cid com a Polícia Federal (PF) não teve ilegalidades, pois foi firmada de forma voluntária, Bolsonaro cochichou com seus advogados.
O ex-presidente manteve a seriedade durante toda a sessão e não riu em momentos de descontração entre os ministros, especialmente durante as brincadeiras trocadas entre Flávio Dino e Cármen Lúcia.