IOF: plano de voo está bem montado, mas decisão é de Lula, diz Haddad
Segundo o ministro, está prevista uma reunião com o presidente Lula na tarde desta terça-feira (3/6) para apresentar alternativa ao decreto
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (3/6), que o governo montou um “plano de voo” para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A expectativa é que o ajuste fiscal seja apresentado ainda hoje.
Segundo o ministro, a nova proposta do governo federal está bem montada e deve ser apresentada nesta tarde ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que viaja no início da noite para a França. A reunião deve ocorrer até as 15h.
“Creio que hoje nós vamos ter uma reunião com o presidente da República bastante produtiva, porque nós chegamos a um entendimento, [que faltam] pequenos detalhes para serem arbitrados, de fato pequenos”, disse ele na chegada do Ministério da Fazenda.
Haddad completou: “Penso que o ‘plano de voo’ está bem montado. Vamos todos [equipe econômica] hoje, antes da viagem do presidente, apresentar a ele todos os pontos”.
Ele reforçou que o ajuste fiscal, elaborado pela Fazenda e Congresso, não contempla a arrecadação de R$ 35 bilhões prevista pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que visa aumentar a arrecadação federal em até R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 15 bilhões em 2026.
Na noite dessa segunda-feira (2/6), Haddad participou de uma reunião na Residência Oficial da Câmara dos Deputados para tratar das alternativas ao aumento do IOF. O titular da pasta da Fazenda resumiu a reunião como uma “excelente conversa”.
Participaram os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além da ministra Gleisi Hoffmann (SRI) e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Ajuste fiscal virá por PEC e PL
Haddad ainda disse que o conjunto de medidas de ajuste fiscal deve contemplar um projeto de emenda à constituição (PEC) e um projeto de lei (PL), além de uma possível medida provisória (MP). O tema é tratado com o Congresso Nacional desde o anúncio da alta do IOF, que não foi bem recebido tanto pelo mercado financeiro e por alguns parlamentares.
Para o ministro, o governo montou um plano “robusto”, com impacto estrutural sobre as contas públicas.