Ministros de Lula relembram 61 anos do golpe de 64 e criticam anistia
A ministra Gleisi Hoffmann fez referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por suposta tentativa de golpe de Estado
atualizado
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Na data que marca os 61 anos do golpe militar, ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relembraram o episódio e criticaram a tentativa de avanço do projeto de lei que prevê anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez um paralelo entre os dois eventos. Em publicação no X, a titular da articulação política lembrou os movimentos de resistência contra o regime e citou o deputado federal Rubens Paiva, vítima dos militares.
“É importante recordar esse período nos dias de hoje, em que estão sendo levados a julgamento os comandantes de uma nova tentativa de golpe, incluindo um ex-presidente da República tornado réu”, escreveu a ministra.
Ela também pediu a “responsabilização penal dos golpistas”. “É um dever histórico em defesa da democracia, hoje e para sempre”, reforçou.
Críticas à anistia
Outros ministros do governo Lula também se manifestaram sobre a data. Pelo terceiro ano consecutivo, o Executivo decidiu não fazer atos alusivos ao aniversário do golpe.
“É preciso relembrar para não repetir! O golpe militar aconteceu há 61 anos, mas hoje ainda precisamos lutar firmemente em defesa da democracia, contra o extremismo e pela justiça. Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Sem anistia”, disse o ministro Rui Costa, da Casa Civil.
Luiz Marinho, do Trabalho, salientou que “a palavra de ordem é ‘anistia, não!'”. “Hoje é um dia para lembrarmos de quão nocivas são as ditaduras. Períodos de dores e tristes lembranças. No caso do Brasil: torturas, assassinatos, desaparecimentos, corrupção e impunidade. Por isso, neste 31 de março, a palavra de ordem é ‘anistia, não!'”
“A democracia brasileira, conquistada com luta e coragem, segue em constante construção. Que a memória do ado nos fortaleça no presente e nos inspire a seguir firmes na defesa do diálogo, da liberdade e do Estado Democrático de Direito”, destacou Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos.