Futuro ministro Silvio Almeida lamenta morte de Pelé: “País perde um pedaço”

Futuro ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida lamentou a morte do Rei Pelé. O atleta morreu na tarde desta quinta-feira (29/12), aos 82 anos, em função de um quadro de anasarca (inchaço generalizado) e insuficiência cardíaca descompensada.

Em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, Almeida foi anunciado nesta quinta como ministro dos Direitos Humanos pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Jurista, filósofo, professor universitário e escritor, ele preside a Fundação Luiz Gama.

Filho do jogador Lourival de Almeida Filho, o Barbosinha, goleiro no Sport Club Corinthians Paulista em 1960, o ministro disse ao Metrópoles que a morte de Pelé representa a “perda de um pedaço do país”.

“O país perde um pedaço. Vai um pedaço do país. Algo que permitiu ao Brasil se imaginar para além das suas mazelas. O Pelé representa um Brasil que pode dar certo. Ou seja, ele representa, e constitui no campo do imaginário, também no campo da prática, aquilo que de melhor o Brasil pode produzir”, afirmou Almeida.

Pelé foi a primeira coisa que me fez gostar do Brasil. Ver um homem negro e brasileiro, como eu, sendo indiscutivelmente o melhor no que fazia me fez acreditar que apesar de tudo, havia algo em que acreditar. Ele foi o sonho que se fez matéria. Obrigado, Pelé, obrigado Rei!

— Silvio Almeida (@silviolual) December 29, 2022

“Hoje, é um dia muito Brasil, e é um dia em que o Brasil vai ter de se reposicionar existencialmente para buscar um símbolo e para buscar alguma coisa que tenha relevância que o Pelé tem na história do Brasil, para conseguir se refazer. Então, hoje é um dia de muita tristeza, mas, ao mesmo tempo, é um dia em que o Brasil ganha um novo sentido. Eu estou abaladíssimo”, lamentou o ministro.

Carreira

Aos 82 anos, o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após apresentar um quadro de anasarca (inchaço generalizado) e insuficiência cardíaca descompensada. Ele deixa um legado para os amantes do futebol, com uma carreira com mais de mil gols marcados.

O Rei defendeu apenas dois clubes em toda a carreira no futebol: Santos e Cosmos FC, de Nova York (EUA). Mas o maior jogador de futebol de todos os tempos vestiu a camisa do time paulista em grande parte de sua história. Além, é claro, da Seleção Brasileira.

Com o Santos, o Rei conquistou inúmeros títulos, como o bi da Libertadores da América, Campeonato Paulista e Mundial Interclubes em duas oportunidades. Com a Seleção, Pelé foi tricampeão mundial (1958, 1962 e 1970).

No total, o Rei marcou 1.283 gols na carreira e é o maior artilheiro da história do futebol mundial.