Sabará (Novo) defende “meritocracia” e competição entre professores em SP
Em entrevista ao SBT News, candidato diz que está focado na melhoria do ensino público e acredita que disputa entre professores ajuda
atualizado
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São Paulo – O candidato do partido Novo à Prefeitura de São Paulo, Filipe Sabará, propõe a revisão dos planos de carreira dos professores da cidade para elevar os indicadores de qualidade do ensino público. Segundo ele, o incentivo a docentes que apresentam melhores resultados, em detrimento daqueles que “não se dedicam ao trabalho”, pode ser a saída para os déficits educacionais paulistanos.
“Tenho conversado muito com professores. Os que trabalham mais, que acordam cedo e preparam suas aulas, muitas vezes ficam pra trás de professores que não se dedicam. Os funcionários que trabalham mais deveriam ser mais beneficiados. Para isso, a meritocracia funciona muito bem, porque, se o dinheiro público está sendo investido, precisa de retorno”, disse Sabará em entrevista ao SBT News nesta tarde de sexta-feira.
O candidato afirmou que 88% dos estudantes do ensino público não sabem matemática e 73% deles não dominam a língua portuguesa. “Investimos R$ 14 bilhões por ano em educação e as crianças continuam não aprendendo. A gente tem que mudar o sistema de avaliação para que a melhoria seja efetivada durante o processo educacional. Os professores precisam de apoio e as escolas, de infraestrutura”, afirmou o candidato. “A meritocracia é importante em qualquer relação, e essa demanda vem dos próprios servidores públicos.”
Candidato mais rico à Prefeitura de São Paulo, Sabará se considera de “direita raiz”, liberal na economia e conservador nos costumes. Por irregularidades na declaração de bens e formação superior, sua campanha está suspensa até segunda ordem pelo Partido Novo. “Eu fui mais transparente do que a lei exige”, declara o candidato: “Espero que o julgamento seja técnico, e não político, para que a gente possa continuar nossa campanha”.