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Cárcere privado Homens e mulheres tiveram seus aportes retidos e foram induzidos a cláusula de confidencialidade, sendo submetidos a longas jornadas de trabalho, privação parcial de liberdade e abusos físicos. O homem entrevistado e outras vítimas conseguiram fugir do país e despistar o grupo que o aliciou para o trabalho, porém, ainda não conseguiram voltar ao Brasil. “Eles estavam oferecendo mil dólares para quem dissesse onde a gente estava. E a gente está muito esperançoso para que no máximo essa semana a gente consiga retornar ao nosso país”, afirmou. Investigação As primeiras denúncias chegaram ao ministério em agosto deste ano. A pasta informou que trabalha com órgãos internacionais para apurar o caso e prestar apoio às vítimas. Os alvos principais são pessoas jovens, entre 20 e 35 anos. 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Vítima de tráfico humano no Camboja: “A gente não podia ir ao mercado”

Brasileiro relatou que foi convidado a trabalhar na Ásia com vendas e criptomoedas, mas acabou obrigado a aliciar outras vítimas

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Rua no Camboja
1 de 1 Rua no Camboja - Foto: Matt Hunt/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Um brasileiro que está sendo atendido a distância pelo Núcleo de Enfrentamento de Tráfico de Pessoas Núcleo de Enfrentamento de Tráfico de Pessoas (NETP-PR), do governo do Paraná, relatou a experiência suspeita de ser análoga à escravidão que viveu, após aceitar uma suposta vaga de emprego no Camboja, sudeste da Ásia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) investiga o caso de brasileiros que estariam vivendo em cárcere privado no país asiático. Segundo a pasta, há denúncias de que haveria cerca de 100 homens e mulheres vítimas de tráfico de pessoas.

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo, ao homem contou que aceitou se mudar para o país sob a promessa de trabalhar com criptomoedas, mas chegando lá, foi surpreendido com condições abusivas. O trabalho também era diferente do combinado — ele era obrigado a aplicar golpes virtuais e aliciar outros brasileiros.

“Chegando ao Camboja, foi tudo às mil maravilhas, já deram uma festa. Disseram que a gente teria wifi, água, tudo por conta deles. Só que não foi isso que aconteceu. A gente teve que tirar do nosso bolso. Chegando no terceiro mês, a gente não tinha liberdade de querer ir no mercado, que era do outro lado da rua. Tinha que ver se esses líderes estavam disponível (sic) para ir com a gente, porque a gente não podia ir sozinho”, contou.

Conforme apurado pelo Ministério da Justiça, as vítimas receberam ofertas de emprego no país com salário mensal de US$ 900 – cerca de R$ 4,6 mil, na cotação atual. Após aceitarem a proposta e chegarem ao Camboja, os brasileiros não conseguiram mais sair. Sob ameaças, seriam obrigados a trabalhar em negócios ilegais, como aplicação de golpes virtuais.

“Eles davam sete dias para a gente criar um vínculo amoroso. Quando a pessoa criava um relacionamento, aí a gente começava a falar sobre investimento, continuava a enrolar as pessoas para tirar o máximo de dinheiro possível”, descreveu a vítima.

Cárcere privado

Homens e mulheres tiveram seus aportes retidos e foram induzidos a cláusula de confidencialidade, sendo submetidos a longas jornadas de trabalho, privação parcial de liberdade e abusos físicos.

O homem entrevistado e outras vítimas conseguiram fugir do país e despistar o grupo que o aliciou para o trabalho, porém, ainda não conseguiram voltar ao Brasil.

“Eles estavam oferecendo mil dólares para quem dissesse onde a gente estava. E a gente está muito esperançoso para que no máximo essa semana a gente consiga retornar ao nosso país”, afirmou.

Investigação

As primeiras denúncias chegaram ao ministério em agosto deste ano. A pasta informou que trabalha com órgãos internacionais para apurar o caso e prestar apoio às vítimas.

Os alvos principais são pessoas jovens, entre 20 e 35 anos. As propostas de emprego são feitas, geralmente, em redes sociais, com promessas de condições de emprego dignas, possibilidade de crescimento e futuro promissor.

“As informações geram uma falsa ideia de seriedade e segurança. Na realidade relatada por quem conseguiu fugir do esquema, os criminosos tratam as pessoas traficadas como mercadorias, retém seus documentos e restringem sua liberdade. Há casos de violência e maus tratos físicos”, destaca nota da Justiça.

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