Betina De Luca e Leo Neves falam, em exclusivo, sobre moda e sucesso
O stylist e a designer vieram a Brasília para conversar sobre suas criações, coleções e carreira. Vem comigo!
atualizado
Compartilhar notícia

Betina De Luca e Leo Neves comprovam: nada supera a união entre dois talentos. O stylist e a designer apresentaram, neste mês, a quarta parceria e vieram a Brasília para falar da nova linha, que já faz sucesso no Rio de Janeiro e, aos poucos, tem dominado o resto do Brasil.
Eles não possuem loja fixa. Os dois buscam sempre botar o pé na estrada e realizar lançamentos em cidades diferentes. Nada mal para um empreendimento que começou visando Rio e São Paulo e, até o momento, já apresentou o resultado do trabalho em locais como Goiânia, Brasília e Curitiba.
Quer saber mais sobre eles? Então, vem comigo!
A estética apurada que flui do olhar brasileiro viajado está sempre em voga no universo dos diretores criativos. Juntos, eles lançam, em média, três coleções anualmente. A primeira costuma ser em abril, a segunda no fim de setembro, e a terceira no final do ano. Na linha atual, a dupla chegou a produzir um sapato em parceria com a marca paulista Botti.
Após explorarem a natureza exuberante e as cores fantásticas do pôr do sol de Bali, a dupla usou o Marrocos como referência para uma de suas coleções. Agora, toda a simbologia da Jamaica aparece nas peças da parceria – todas feitas com o toque carioquês pelo qual a marca é conhecida.Veja o nosso bate papo:
Como vocês começaram essa parceria?
Leo: Trabalhamos juntos na época da Virzi + De Luca [marca de órios de Betina e Marcella Virzi cujas atividades foram encerradas em 2015] e a Betina me convidou para uma parceria de Carnaval. Criamos uns adereços com roupas e deu muito certo. Depois que ela fechou a empresa, decidimos seguir fazendo peças. Eu já tinha a Waiwai, daí nos juntamos e, com o tempo, o trabalho rendeu bons frutos.
Como vocês definiriam o conceito estético da colaboração?
Betina: Temos uma coisa muito brasileira no nosso DNA. A vibe tropical e a pegada resort sempre estiveram no trabalho, que envolve bastante cor e peças leves com bordados. Além disso, procuramos reforçar a questão sustentável, tendo o slow fashion como principal foco da marca.
Leo: Sempre buscamos o uso de mão de obra brasileira, tanto nos tecidos como nos bordados, e até mesmo das matérias-primas. Valorizamos muito o artesanal.
Para quem vocês criam suas roupas?
Betina: Para todo mundo. Tanto para a senhora que gosta de um quimono bordado quanto para quem é mais jovem e aprecia um cropped mais descolado.
Leo: Sempre dá para criar algo mais despojado e cool com nossas peças, mas também é possível produzir looks sofisticados, porque trabalhamos com seda e linho. A pessoa pode ir a um pós-praia e também a uma festa.
Falando em handmade, o que vocês acham dessa pegada artesanal? É uma tendência para o futuro?
Leo: O desejo sempre foi fazer um trabalho artesanal brasileiro, de forma personalizada e ética. A maioria das pessoas fica encantada, porque são peças que podem ser ada de geração para geração graças à qualidade.
Betina: Além disso, enquanto todo mundo faz coisas em preto e branco e itens clássicos, a nossa vibe é mais colorida, sofisticada e com uma estética brasileira. Mesmo que dialoguemos com outros lugares, sempre traduzimos tudo para a identidade e clima do nosso país.
Vocês têm alguma peça favorita da nova coleção?
Betina: Apesar de geralmente gostar de todas, sempre temos um chamego especial com alguma específica. Honestamente, é muito difícil escolher, porque todas as roupas produzidas eu teria no meu armário. Mas amo o vestido branco de linho com bordados coloridos.
Leo: Gosto muito da jaqueta que a Betina está usando, mas na versão em linho com três cores.
O que mais inspira vocês dois na hora de criar uma coleção?
Leo: Sempre somos pautados pelo verão ou algo solar. Talvez por morarmos no Rio e termos essa conexão com a praia, isso nos chama atenção.
Betina: Na realidade, cada coleção vem de um negócio meio nada a ver [risos]. Pode ser de um lenço vintage ou uma estampa colorida.
Betina, o que acha do mercado atual da moda?
O movimento slow fashion é algo que as pessoas estão valorizando. amos por um momento delicado no Brasil e no mundo, mas, em relação ao mercado, existem alternativas boas no segmento. O nosso produto, por exemplo, é para um público muito específico e feito de maneira extremamente consciente.
Leo, como surgiu a ideia de criar a Waiwai?
Antes de abrir a marca, eu trabalhava como stylist. Todo editorial que eu fotografava, principalmente os órios, eu mesmo montava. Sempre tive esse desejo de criar e o Rio de Janeiro me inspirou de alguma forma. Essa ideia de fazer verão que circula em outros tipos, estilos e cidades me fascina.
A primeira bolsa produzida foi a Balaio, redonda, de vime com tampa de acrílico e um pingente grande. Uma amiga em Ibiza usou e, a partir daí, outras me pediram. Foi um sucesso. Então, comecei a desenvolver coleções e trilhar meu caminho profissional.
Agora, eu não poderia deixar de mostrar as minhas peças favoritas!

– Bolsa Marina: vime com couro, fecho de pedra natural malaquita e alça de bambu
– Bolsa Alix: armação em metal, trançado em vime e placas de acrílico
– Bolsa Fefi: base interna em couro, malha de bambu e bolas de resina








Vale lembrar que todos os pedidos podem ser realizados pelas redes sociais da Waiwai.
Confira mais fotos do lookbook da marca.
Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, não deixe de visitar o meu Instagram! Até a próxima!