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Leia também Claudia Meireles Cristina Pessoa e Samuel Lamas celebram a arte em almoço especial Claudia Meireles Arte de Mato Grosso é celebrada em mostra no Museu Nacional Claudia Meireles Vernissages movimentam a Cerrado Galeria em tarde de inauguração A vernissage reuniu convidados ilustres para conferir um recorte da visão e resposta dos artistas para o conceito de subdesenvolvimento atribuído aos países econômica e socialmente vulneráveis logo após a Segunda Guerra Mundial, entre as décadas de 1930 e 1980. A exposição apresenta obras produzidas por mais de 40 artistas durante o mesmo período. Apenas o Inventário dos Sonhos, do jovem artista Randolph Lamonier, que traz uma leitura contemporânea sobre os desejos de uma população que “ainda persiste nessa classificação de emergente”, como define Moacir dos Anjos, foi produzida especificamente para a mostra. 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Essa preocupação emerge no final desse período como algo importante, por ser um indicador da falência, talvez, ou da incapacidade de superarmos o desenvolvimento. Considero que a mostra seja uma maneira até de nos mobilizarmos para enfrentar aquilo que define o subdesenvolvimento”, ressalta Moacir.  O curador também reflete que a ideia de apresentar a arte a partir desse prisma está muito longe de ser um ato depreciativo. Para ele, se assumir como subdesenvolvido é um o para o enfrentamento.  Exposição Arte Subdesenvolvida encerra seu percurso na capital federal A exposição reúne mais de 200 obras e documentos de artistas fundamentais da cultura brasileira, como Candido Portinari, Anna Maria Maiolino, Abdias Nascimento, Lygia Clark, Glauber Rocha, Cildo Meireles, Solano Trindade, Carolina Maria de Jesus, entre muitos outros. O projeto já percorreu três cidades brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Visita mediada à exposição Arte Subdesenvolvida A capital federal foi escolhida para finalizar o percurso com seleção que inclui pinturas, fotografias, livros, vídeos, cartazes, áudios e instalações, todos articulados em torno do impacto do subdesenvolvimento na vida brasileira. “Eu trabalho com o Moacir há alguns anos. Nessas trocas de ideias, eu soube da pesquisa que ele se debruça há cerca de 30 anos. Foi inevitável não pensar em tornar todo esse trabalho em uma grande exposição. A gente já recebeu mais de 360 mil visitantes desde que começamos a circular no Brasil. Isso é super importante”, comenta Bruna Neiva, produtora da exposição. Para conseguir retratar o percurso da história cultural e artística do Brasil ao longo de oito décadas, o projeto contou com a cenografia assinada por Gero Camilo. O expert criou um trajeto visual guiado pelas cores e texturas inspiradas em sentimentos de escassez e resistência. “Pensamos uma expografia que fosse fluida e intensa. 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Esse trecho reúne obras e textos que introduzem o conceito de subdesenvolvimento no Brasil, entre os anos 1930 e 1940. Logo após, os convidados podem observar o Trabalho e Luta, que destaca produções que denunciam a exploração e exalta as mobilizações por direitos e dignidade no trabalho. 5 imagensFechar modal.1 de 5Monumento à fome, de Anna Maria MaiolinoNina Quintana/Metrópoles2 de 5Baba Antropofágica, de Lygia ClarkNina Quintana/Metrópoles3 de 5Bandeira-poema \"Seja marginal, seja herói\", de Hélio OititicaNina Quintana/Metrópoles4 de 5Defl... Situação... +S+... Ruas..., de Artur BarrioNina Quintana/Metrópoles5 de 5Visita mediada à exposição Arte SubdesenvolvidaNina Quintana/Metrópoles O Mundo e Movimento é a terceira etapa da mostra. Nessa parte, os artistas apresentam a efervescência cultural dos anos 1960, com documentos  do Movimento Cultura Popular (M), de Recife, e do Centro Popular de Cultura (C) da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro. 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Um dos destaques é a instalação de Randolpho Lamonier que mapeia os sonhos de consumo da população brasileira, colhidos em entrevistas feitas nas ruas. 6 imagensFechar modal.1 de 6Obra de Randolpho LamonierNina Quintana/Metrópoles2 de 6Resposta da mãe do artista Randolpho LamonierNina Quintana/Metrópoles3 de 6O artísta plástico questionou os sonhos de diversos brasileiros Nina Quintana/Metrópoles4 de 6Reflexões Nina Quintana/Metrópoles5 de 6Carências e desejos no Brasil atualNina Quintana/Metrópoles6 de 6 de Randolpho LamonierNina Quintana/Metrópoles “Eu comecei entrevistando a minha mãe e perguntei o que ela faria se o dinheiro não fosse um problema. Ela revelou que seu maior sonho era ter um pedaço de chão para plantar. Depois, meu pai. Ele disse que queria uma casinha pequena e uma lambreta. A partir daí, eu fui abrindo para pessoas mais ou menos conhecidas e depois completamente desconhecidas”, comenta.  A surpresa das respostas diante de pergunta aberta para Randolpho Lamonier foi ver que as pessoas parecem ter dificuldades em sonhar. “Elas querem uma casa própria, cuidar dos filhos, sair de férias, sair da miséria, parar de catar lixo”, revelou. Coquetel de abertura com brasilidades Para celebrar a chegada da exposição Arte Subdesenvolvida ao CCBB Brasília, a organização do evento promoveu um coquetel animado com a participação do samba de roda do quadradinho, o Samba da arinha, que deu o tom verde e amarelo para a estreia. O buffet da inauguração seguiu o mesmo formato e garantiu pastéis e cerveja para todos os presentes. Samba da arinha “Tudo aqui é a cara do brasileiro. Nosso desejo é que essa exposição tenha uma entrada com o pé direito. 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Assista ao vídeo com os melhores momentos da visita pela exposição: Veja quem esteve presente no lançamento da exposição Arte Subdesenvolvida, pelo olhar de Nina Quintana: Claudia Meireles e Moacir dos Anjos Beto Osório Bruna Neiva e Gabriel Menezes Christus Nóbrega e Gero Tavares Marina Maciel, Moacir dos Anjos e Claudia Meireles Diego da Silva e Otávio Bonfá Sara Seilert e Lucas Gehre Beatriz do Lago e Claudia Meireles Anderson Freitas e Roberta Pinheiro Davi Alfonso, João Angelini e Marina Maciel O curador da exposição, Moacir dos Anjos; com o gerente-geral do CCBB Brasília, André Giancotti Samantha Canovas e Paulo Vega Jr. Léo Tavares Randolpho Lamonier e Bruna Neiva Sara Seilert e Lucas Gehre Davi, Maricia e Miguel Sanches Marina Maciel, Moacir dos Anjos e Claudia Meireles Adelmo Marinho Denise Cruz e Valéria Cabral Para saber mais, siga o perfil de Vida&Estilo no Instagram. 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Mostra Arte Subdesenvolvida estreia em Brasília com coquetel animado

Nessa terça-feira (20/5), a mostra Arte Subdesenvolvida, de curadoria de Moacir dos Anjos e produção da Tuîa Arte, estreou no CCBB Brasília

atualizado

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Nina Quintana/Metrópoles
Brasília (DF), 20/05/2025. Visita mediada à exposição Arte Subdesenvolvida. Fotos: Nina Quintana/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 20/05/2025. Visita mediada à exposição Arte Subdesenvolvida. Fotos: Nina Quintana/Metrópoles - Foto: Nina Quintana/Metrópoles

A mostra Arte Subdesenvolvida, de curadoria de Moacir dos Anjos e produção da Tuîa Arte, estreou no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB), nessa terça-feira (20/5), com uma reflexão profunda de um Brasil que, ainda hoje, caminha em busca de seu pleno desenvolvimento.

A vernissage reuniu convidados ilustres para conferir um recorte da visão e resposta dos artistas para o conceito de subdesenvolvimento atribuído aos países econômica e socialmente vulneráveis logo após a Segunda Guerra Mundial, entre as décadas de 1930 e 1980.

A exposição apresenta obras produzidas por mais de 40 artistas durante o mesmo período. Apenas o Inventário dos Sonhos, do jovem artista Randolph Lamonier, que traz uma leitura contemporânea sobre os desejos de uma população que “ainda persiste nessa classificação de emergente”, como define Moacir dos Anjos, foi produzida especificamente para a mostra.

O curador da mostra, Moacir dos Anjos

Para Moacir dos Anjos, curador e pesquisador do projeto, o ponto de partida da exposição é a inquietação dos artistas em produzir uma visão própria da história de um Brasil que carrega esse título. “O que é o subdesenvolvimento senão uma discussão política, social e cultural do nosso país? Esse conceito foi consolidado nos anos 1940, deixando claro que não era algo ageiro ou que iria embora por si próprio”, reflete. 

O termo subdesenvolvimento não é mais utilizado hoje em dia. Por outro lado, Moacir traz para a exposição a ideia de que, mesmo com a mudança de nomenclatura – emergente, em desenvolvimento – a ideia segue atual diante dos desafios enfrentados por grande parte da população brasileira.

“Mesmo lá atrás, a fome é algo identificado pelos artistas como o traço fundamental e principal de suas obras. Essa preocupação emerge no final desse período como algo importante, por ser um indicador da falência, talvez, ou da incapacidade de superarmos o desenvolvimento. Considero que a mostra seja uma maneira até de nos mobilizarmos para enfrentar aquilo que define o subdesenvolvimento”, ressalta Moacir. 

O curador também reflete que a ideia de apresentar a arte a partir desse prisma está muito longe de ser um ato depreciativo. Para ele, se assumir como subdesenvolvido é um o para o enfrentamento. 

Exposição Arte Subdesenvolvida encerra seu percurso na capital federal

A exposição reúne mais de 200 obras e documentos de artistas fundamentais da cultura brasileira, como Candido Portinari, Anna Maria Maiolino, Abdias Nascimento, Lygia Clark, Glauber Rocha, Cildo Meireles, Solano Trindade, Carolina Maria de Jesus, entre muitos outros. O projeto já percorreu três cidades brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Visita mediada à exposição Arte Subdesenvolvida

A capital federal foi escolhida para finalizar o percurso com seleção que inclui pinturas, fotografias, livros, vídeos, cartazes, áudios e instalações, todos articulados em torno do impacto do subdesenvolvimento na vida brasileira.

“Eu trabalho com o Moacir há alguns anos. Nessas trocas de ideias, eu soube da pesquisa que ele se debruça há cerca de 30 anos. Foi inevitável não pensar em tornar todo esse trabalho em uma grande exposição. A gente já recebeu mais de 360 mil visitantes desde que começamos a circular no Brasil. Isso é super importante”, comenta Bruna Neiva, produtora da exposição.

Para conseguir retratar o percurso da história cultural e artística do Brasil ao longo de oito décadas, o projeto contou com a cenografia assinada por Gero Camilo. O expert criou um trajeto visual guiado pelas cores e texturas inspiradas em sentimentos de escassez e resistência.

“Pensamos uma expografia que fosse fluida e intensa. Durante nossa imersão, teve uma hora que pensamos – Estamos amarelos de fome. Também lembrei da expressão da minha avó ‘roxo de fome’ e nos guiamos por esses módulos”, explica.

5 imagens
Enterro, de Candido Portinari
Em destaque, obras de Wellington Virgolino: Cortador de cana, O almoço e Jangadeiro
Movimento de Cultura Popular de Recife (1960)
Trechos do filme 'O desafio' com Maria Bethânia; obra Meia-Noite de Exu, de Abdias Nascimento; e a obra A bela Lindonéia, de Rubens Gerchman
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A fome e brado, de Abelardo da Hora

Nina Quintana/Metrópoles
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Enterro, de Candido Portinari

Nina Quintana/Metrópoles
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Em destaque, obras de Wellington Virgolino: Cortador de cana, O almoço e Jangadeiro

Nina Quintana/Metrópoles
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Movimento de Cultura Popular de Recife (1960)

Nina Quintana/Metrópoles
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Trechos do filme 'O desafio' com Maria Bethânia; obra Meia-Noite de Exu, de Abdias Nascimento; e a obra A bela Lindonéia, de Rubens Gerchman

Nina Quintana/Metrópoles

A iluminação, assinada por Caco Tomazelli, também ajuda a compor uma atmosfera de imersão e contemplação dos cinco eixos temáticos da exposição que percorrem os principais momentos da história recente.

O primeiro foi intitulado Tem Gente com Fome. Esse trecho reúne obras e textos que introduzem o conceito de subdesenvolvimento no Brasil, entre os anos 1930 e 1940. Logo após, os convidados podem observar o Trabalho e Luta, que destaca produções que denunciam a exploração e exalta as mobilizações por direitos e dignidade no trabalho.

5 imagens
Baba Antropofágica, de Lygia Clark
Bandeira-poema "Seja marginal, seja herói", de Hélio Oititica
Defl... Situação... +S+... Ruas..., de Artur Barrio
Visita mediada à exposição Arte Subdesenvolvida
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Monumento à fome, de Anna Maria Maiolino

Nina Quintana/Metrópoles
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Baba Antropofágica, de Lygia Clark

Nina Quintana/Metrópoles
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Bandeira-poema "Seja marginal, seja herói", de Hélio Oititica

Nina Quintana/Metrópoles
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Defl... Situação... +S+... Ruas..., de Artur Barrio

Nina Quintana/Metrópoles
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Visita mediada à exposição Arte Subdesenvolvida

Nina Quintana/Metrópoles

O Mundo e Movimento é a terceira etapa da mostra. Nessa parte, os artistas apresentam a efervescência cultural dos anos 1960, com documentos  do Movimento Cultura Popular (M), de Recife, e do Centro Popular de Cultura (C) da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro.

O penúltimo eixo trata da Estética da Fome, onde fica evidente como a pobreza se tornou tema central de uma arte combativa e inovadora, com obras de Hélio Oiticica, Glauber Rocha e o Grupo Opinião. Por fim, os convidados observam o Brasil é Meu Abismo, que concentra obras produzidas durante a ditadura militar, em meio ao silêncio imposto pela repressão e à perplexidade com os rumos do país.

Os sonhos da população brasileira

A mostra também reserva espaço para a produção contemporânea. Um dos destaques é a instalação de Randolpho Lamonier que mapeia os sonhos de consumo da população brasileira, colhidos em entrevistas feitas nas ruas.

6 imagens
Resposta da mãe do artista Randolpho Lamonier
O artísta plástico questionou os sonhos de diversos brasileiros
Reflexões
Carências e desejos no Brasil atual
 de Randolpho Lamonier
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Obra de Randolpho Lamonier

Nina Quintana/Metrópoles
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Resposta da mãe do artista Randolpho Lamonier

Nina Quintana/Metrópoles
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O artísta plástico questionou os sonhos de diversos brasileiros

Nina Quintana/Metrópoles
4 de 6

Reflexões

Nina Quintana/Metrópoles
5 de 6

Carências e desejos no Brasil atual

Nina Quintana/Metrópoles
6 de 6

de Randolpho Lamonier

Nina Quintana/Metrópoles

“Eu comecei entrevistando a minha mãe e perguntei o que ela faria se o dinheiro não fosse um problema. Ela revelou que seu maior sonho era ter um pedaço de chão para plantar. Depois, meu pai. Ele disse que queria uma casinha pequena e uma lambreta. A partir daí, eu fui abrindo para pessoas mais ou menos conhecidas e depois completamente desconhecidas”, comenta. 

A surpresa das respostas diante de pergunta aberta para Randolpho Lamonier foi ver que as pessoas parecem ter dificuldades em sonhar. “Elas querem uma casa própria, cuidar dos filhos, sair de férias, sair da miséria, parar de catar lixo”, revelou.

Coquetel de abertura com brasilidades

Para celebrar a chegada da exposição Arte Subdesenvolvida ao CCBB Brasília, a organização do evento promoveu um coquetel animado com a participação do samba de roda do quadradinho, o Samba da arinha, que deu o tom verde e amarelo para a estreia. O buffet da inauguração seguiu o mesmo formato e garantiu pastéis e cerveja para todos os presentes.

Samba da arinha

“Tudo aqui é a cara do brasileiro. Nosso desejo é que essa exposição tenha uma entrada com o pé direito. É uma obra muito emocionante e a gente espera que os brasilienses aproveitem ela muito bem”, celebra o gerente geral do CCBB Brasília, André Giancotti.

A mostra segue em cartaz até 3 de agosto de 2025, com visitação de terça a domingo, das 9h às 21h.

Assista ao vídeo com os melhores momentos da visita pela exposição:

Veja quem esteve presente no lançamento da exposição Arte Subdesenvolvida, pelo olhar de Nina Quintana:

Claudia Meireles e Moacir dos Anjos
Beto Osório
Bruna Neiva e Gabriel Menezes
Christus Nóbrega e Gero Tavares
Marina Maciel, Moacir dos Anjos e Claudia Meireles
Diego da Silva e Otávio Bonfá
Sara Seilert e Lucas Gehre
Beatriz do Lago e Claudia Meireles
Anderson Freitas e Roberta Pinheiro
Davi Alfonso, João Angelini e Marina Maciel
O curador da exposição, Moacir dos Anjos; com o gerente-geral do CCBB Brasília, André Giancotti
Samantha Canovas e Paulo Vega Jr.
Léo Tavares
Randolpho Lamonier e Bruna Neiva
Sara Seilert e Lucas Gehre
Davi, Maricia e Miguel Sanches
Marina Maciel, Moacir dos Anjos e Claudia Meireles
Adelmo Marinho
Denise Cruz e Valéria Cabral

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