Três hábitos considerados “vilões” para a hipertensão, segundo médico
Segundo o médico Caio Henrique, alguns hábitos podem agravar a hipertensão ou dificultar seu controle; saiba quais!
atualizado
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Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2023 apontam que a hipertensão atinge cerca de 27,9% da população brasileira. Segundo o levantamento, a doença é mais comum em mulheres (29,3%) do que homens (26,4%). Ainda, em ambos os sexos, a frequência do diagnóstico aumentou com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade.
Também conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial consiste em uma condição crônica em que a pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias está constantemente elevada. De acordo com o cardiologista e arritmologista Caio Henrique, essa é uma das principais causas de infarto, AVC e insuficiência renal.
“Na maioria dos casos, a hipertensão é considerada ‘primária’ ou ‘essencial’, sem uma causa específica identificável. No entanto, fatores como predisposição genética, idade, excesso de peso, sedentarismo, alimentação rica em sal e estresse contribuem fortemente para o seu desenvolvimento”, afirma.
Em uma minoria dos casos, a hipertensão pode ser “secundária”, causada por doenças hormonais, renais ou uso de medicamentos.
Como identificar a doença
O médico esclarece que o quadro, muitas vezes, não apresenta sintomas, ou seja, é silencioso. “Em alguns casos, pode causar dor de cabeça, tontura, ou visão embaçada, mas esses sinais, geralmente, aparecem em fases mais avançadas”, esclarece.

“A única forma confiável de identificar o quadro é aferir a pressão regularmente. Se os valores estiverem consistentemente acima de 140×90 mmHg, é importante procurar um médico.”
- Caio Henrique, cardiologista e arritmologista
Conforme o profissional elucida, o clínico geral ou o médico da família pode iniciar a avaliação, mas o cardiologista é o especialista indicado para diagnóstico, acompanhamento e tratamento da hipertensão.
Tratamentos para a hipertensão
O tratamento para a condição combina mudanças no estilo de vida com uso de medicamentos, se necessário. “Hábitos saudáveis, como redução do sal na alimentação, perda de peso, prática regular de atividade física, redução do consumo de álcool e controle do estresse, são fundamentais”, destaca Caio.
Quando as medidas anteriores não são suficientes para manter a pressão em níveis adequados, costuma-se prescrever medicamentos anti-hipertensivos, que devem ser tomados regularmente. O cardiologista frisa que o tratamento deve ser individualizado e seguido, mesmo que o paciente esteja se sentindo bem.

“Na maioria dos casos, a pressão alta não tem cura, mas pode ser controlada com sucesso”, ressalta o médico.
Três hábitos considerados “vilões” para a hipertensão, segundo o médico Caio Henrique
Enquanto a mudança no estilo de vida é uma excelente aliada no controle da pressão alta, por outro lado, existem hábitos que podem agravá-la ou dificultar seu monitoramento. Os principais são:
1 – Consumo excessivo de sal
O sal em excesso leva à retenção de líquidos e ao aumento da pressão nas artérias. A recomendação é consumir menos de 5 gramas de sal por dia, o que exige atenção a alimentos industrializados, ultraprocessados (ex: embutidos, fast food, snacks prontos) e temperos prontos.
2 – Sedentarismo
A falta de atividade física regular reduz a capacidade cardiovascular e favorece o ganho de peso, fatores que contribuem para a elevação da pressão arterial.
3 – Alta ingestão de álcool
Beber álcool em excesso eleva a pressão arterial e pode interferir na ação dos medicamentos anti-hipertensivos.
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