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Tem gente que me segue por Sandra e pede pra eu tirar férias e Sandra dominar o perfil. Imagina? Tem algum humorista ou criador de conteúdo que te inspira ou inspirou nesse caminho? Nossa, poderia ar a tarde ando nomes… Mas não posso deixar de falar em Paulo Gustavo. A única pessoa da mídia que eu realmente me debulhei em chorar com a sua partida. Mas eu fui uma criança apaixonada por comédia! ava horas assistindo “Terça insana” na internet com Grace Gianoukas, Luis Miranda, Octavio Mendes… Adorava os humoristas da antiga MTV, como Tata Werneck, Dani Calabresa… Com quase 3 milhões de seguidores, quais são seus próximos os? Continuar produzindo conteúdo, que me orgulho em propagar pro público, e não só continuar fazendo comédia, mas também poder usar minha plataforma para divulgar informações sobre saúde com embasamento científico. E, claro, conseguir conquistar os palcos do país assim como conquistei meu público da internet com minha peça “Eu Também Sou Médico”. 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Médico e humorista: Bruno Baroni abre o jogo sobre mudança na carreira

Em entrevista à coluna, o influenciador digital falou sobre a decisão de “pausar” a medicina para viver de conteúdo nas redes sociais

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“Não sinto culpa e nem remorso! Nunca vou deixar de ser médico. Gosto de pensar que é um hiato sem data de retorno”. É assim, com leveza e convicção, que Bruno Baroni fala sobre a decisão que mudou sua vida, em uma conversa exclusiva com a coluna Fábia Oliveira.

Formado em medicina, ele viu sua vida virar de ponta-cabeça depois que um vídeo despretensioso dublando Paulo Gustavo viralizou em 2020. De médico recém-formado a influenciador digital, com quase 3 milhões de seguidores em suas redes sociais, Bruno encontrou no humor um novo caminho para se comunicar com o mundo, trocando o jaleco pelo figurino da comédia.

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Hoje, morando em São Paulo, ele celebra a estreia nos palcos com a peça “Eu Também Sou Médico”, dividindo cena com a roteirista Thaisa Damous e dando ainda mais destaque à personagem que conquistou a internet: a enfermeira Sandra. “Sempre sonhei em estar nos palcos. Queria sentir essa troca com o público de perto”, contou.

No papo com a coluna, Bruno Baroni contou as reações da família ao deixar a carreira médica em pausa, os bastidores da produção teatral e a importância de fazer humor sem ofender. Ele falou, ainda, sobre saudade, futuro e o recado que deixaria ao jovem Bruno de 2020: “Curte seu pai. Abraça ele. Fala que você ama ele mais vezes”.

 

Confira a entrevista completa com Bruno Baroni:

Você lembra do primeiro vídeo que viralizou? Qual foi a sua reação ao ver tanta gente se identificando?
Me lembro, claro! Foi um vídeo tão inocente, em 2020, que nem mais combina com minha identidade atualmente. Foi um vídeo dublando uma fala do nosso querido Paulo Gustavo em uma cena que ele fazia dona Hermínia! Fiz na intenção de entrar na brincadeira. Enrolei um pano na cabeça e gravei. Em um dia já tinham milhares de pessoas comentando e compartilhando. De início me assustou, mas fui entendendo que aquilo poderia ser algo muito maior. E logo no meu primeiro vídeo, já comecei a investir na produção de conteúdo, já sentia que algo poderia estar por vir.

Em que momento você percebeu que aquilo que começou como uma brincadeira poderia virar sua profissão?
A coisa começou a ficar séria quando uma agência de influenciadores entrou em contato comigo, apenas com seis meses gravando vídeos, me oferecendo para entrar no casting deles. Começar ser agenciado e começar a mirar em realmente construir uma carreira… Parecia loucura! Imagina, faltando dois meses para eu pegar meu CRM, eu fechando com uma agência para virar influenciador digital. E aí veio minha primeira publicidade, que foi pra Universal Music, para a divulgação de uma música na época. Que para a publi, eu fiz uma gravação pegando meu diploma, usando a música no contexto.

Foi difícil largar a medicina de vez? Houve medo ou culpa envolvida nessa decisão?
Estava sendo um processo já de alguns anos. Eu me formei em 2020 e, desde então, conciliava os dois trabalhos de forma distinta e separada. Foi só em 2024 que realmente vi que estava completamente sobrecarregado dos dois lados e a carreira da internet estava ultraando a da medicina de forma orgânica.

Estava fechando agendas pra conseguir gravar todos os contratos e produzir meus vídeos do perfil. Todo fim de semana tendo que ir pra São Paulo para algum evento que eu precisava estar presente. Até que saí do emprego que estava em 2024 (trabalhava na parte corporativa de um plano de saúde e aquilo foi um estalo na minha cabeça, me dando coragem pra virar minha vida 360º). Me mudei pra SP e foquei na internet. E desde então estou focado nos projetos digitais e na comédia. Não sinto culpa e nem remorso! Até porque eu não me sinto abandonando a medicina. Nunca vou deixar de ser médico! Gosto de pensar que é um hiato sem data de retorno.

Como sua família e colegas da área médica reagiram quando você decidiu focar na carreira de influenciador?
Minha família já previa que isso iria acontecer em algum momento. De início ficaram sim preocupados, achando que eu estava vivendo algo que era ageiro. Mas eles entenderam que o meu CRM não é ageiro! Ele não vai expirar! E eu continuo me atualizando na medicina. A qualquer momento posso retornar pra carreira dos consultórios e retomar tudo do zero. Não vejo isso como um problema. Mas como tive essa oportunidade de correr atras desse meu sonho, que é a comédia, todos ao meu redor me apoiaram!

Tem alguma coisa da formação médica que você leva pra sua vida atual, no palco ou nos vídeos?
A empatia! Me colocar no lugar do outro e saber respeitar meu público, assim como devemos respeitar nossos pacientes. Minha comédia nunca ofende e nunca rebaixa ninguém, e nenhum grupo de pessoas. Acredito que consigo fazer comédia sem ofender, respeitando o limite do outro. E, claro, todo o ensinamento técnico – até porque também produzo conteúdos de divulgação científica e conscientização em saúde. Nunca deixarei de ser médico nos meus conteúdos!

A peça “Eu Também Sou Médico”… Como surgiu a ideia de transformar suas histórias em um espetáculo?
Meu sonho sempre foi estar em cima dos palcos. Sempre foi poder levar o meu humor para um público maior e poder sentir a alegria das pessoas. Queria poder palpar a dimensão disso tudo. E já tinha uma ideia de produzir uma peça, as cenas, os personagens, mas tudo era só uma ideia. Até que uma amiga do meu noivo, Marcelo, veio jantar aqui em casa: Thaisa Damous. Thaisa é roteirista e comediante há mais de 15 anos, parece que o universo sentiu e colocou ela na minha vida. Nosso humor clicou, nosso jeito de contar piada foi uma “conexão a primeira piada”. E contei desse meu desejo de criar uma peça com o tema de pronto atendimento. Ela topou de cara, veio na mesma semana na minha casa, abrimos o computador – um de frente para o outro – e criamos juntos um texto incrível! Cheio de referências, piada e humor.

A peça é uma mistura de stand-up e cenas de um médico e uma enfermeira de plantão, sendo eu e minha personagem que faço nas redes – Enfermeira Sandra -, contracenando com inúmeros personagens que compõem um plantão hospitalar, todos pela atuação da própria Thaisa.

A Sandra, personagem que você criou, vai ganhar ainda mais destaque no palco? Como ela nasceu?
Sandra sempre existiu! Eu sempre criei vídeos de esquete fazendo uma enfermeira, com zero paciência pra quem está começando, mas que, no fundo, ela ama o que faz. Sandra foi se desenvolvendo naturalmente e eu vi que eu tinha uma personagem nas mãos que o público começou a se identificar frequentemente. Uma das minhas professoras, que mais impactou na minha vida, como profissional e como pessoa, foi Dra. Sandra Lyon. Eu adoro homenagear pessoas que tiveram um papel importante na minha formação e na minha vida, então logo me veio: Sandra! Minha enfermeira vai se chamar Sandra! E desde então meus seguidores clamam por Sandra! Tem gente que me segue por Sandra e pede pra eu tirar férias e Sandra dominar o perfil. Imagina?

Tem algum humorista ou criador de conteúdo que te inspira ou inspirou nesse caminho?
Nossa, poderia ar a tarde ando nomes… Mas não posso deixar de falar em Paulo Gustavo. A única pessoa da mídia que eu realmente me debulhei em chorar com a sua partida. Mas eu fui uma criança apaixonada por comédia! ava horas assistindo “Terça insana” na internet com Grace Gianoukas, Luis Miranda, Octavio Mendes… Adorava os humoristas da antiga MTV, como Tata Werneck, Dani Calabresa…

Com quase 3 milhões de seguidores, quais são seus próximos os?
Continuar produzindo conteúdo, que me orgulho em propagar pro público, e não só continuar fazendo comédia, mas também poder usar minha plataforma para divulgar informações sobre saúde com embasamento científico. E, claro, conseguir conquistar os palcos do país assim como conquistei meu público da internet com minha peça “Eu Também Sou Médico”. Me arrepio em pensar que conseguimos construir um projeto tão lindo e engraçado como esse. Que representa quem eu realmente sou e como minha mente maluca funciona!

A medicina ficou pra trás ou existe uma chance de você voltar um dia?
Ela nunca vai ficar pra trás! Caminhamos de mãos dadas! Ela sempre vai estar presente, seja nas minhas esquetes de comédia ou na hora de falar sobre assuntos sérios e divulgar alguma informação sobre saúde. Podemos dizer que o consultório está de portas fechadas, por enquanto… E o médico tirou umas férias de tempo indeterminado. Podemos pensar assim… Umas férias em Cancún! Pode ser que o médico se mude e fiquei por lá e não volte? Pode ser! Mas vai que ele queira voltar também? Nunca diga nunca!

Se você pudesse deixar um recado para o Bruno Baroni lá de 2020, no início da pandemia, o que diria?
Curte seu pai! Abraça ele! Fala que você ama ele mais vezes! Liga pra ele todo dia! Ele foi e sempre será o seu fã número um! Vocês não vão ter muito tempo juntos, então aproveita o máximo que você puder, ele vai te apoiar em tudo o que fizer e de onde estiver. E não tenha medo de se soltar e de se jogar. Quanto você mais se joga e se deixa permitir, mais linda a sua história vai ficando. E não esqueça de pagar o IPVA.

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