Kids pretos pressionaram Comando do Exército por golpe, diz PGR
PGR narra atuação dos integrantes das Forças Especiais na trama golpista liderada por Bolsonaro
atualizado
Compartilhar notícia

A Procuradoria-Geral da República afirma em sua denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) que integrantes das Forças Especiais, os chamados Kids Pretos, tentaram pressionar o Comando do Exército e o Alto Comando Militar para que eles aderissem a trama golpista.
Nesta terça (18/2), Paulo Gonet apresentou denúncia contra Bolsonaro e mais 33 aliados por participação em uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado para evitar a posse do presidente Lula (PT).
“Evidenciou-se que os denunciados integraram organização criminosa, cientes de seu propósito ilícito de permanência autoritária no Poder”, afirmou a PGR.
Sobre os Kids Pretos, a PGR narra, entre outros fatos, a reunião na casa do general Braga Netto em que definiram uma estratégia para pressionar o Alto Comando das Forças Armadas. Braga Netto foi um dos denunciados pela PGR.
“Esse grupo da organização criminosa atuou para pressionar o Comandante do Exército e o Alto Comando, formulando cartas e agitando colegas em prol de ações de força no cenário político, tudo para impedir que o candidato eleito Lula da Silva assomasse ao Palácio do Planalto”, afirma a PGR.
Segundo a Procuradoria, o grupo “atuava junto a influenciadores para atacar, em ambientes virtuais de impacto nos meios castrenses, os oficiais generais que se opunham à quebra da legalidade.”
A denúncia da PGR cita o caso do general Estevam Teophilo, comandante do batalhão de Kids Pretos, que disse a Bolsonaro que se fosse assinado um ato formal contra a ordem constitucional ele apoiaria.
“A significar que estaria disposto posicionar o Exército em modo apto para consumar o golpe”, diz a PGR.