Lula é aconselhado a não receber candidatos a tribunal de Brasília
Presidente Lula tem em mãos, há mais de 4 meses, duas listas tríplices para escolher novos ministros para Superior Tribunal de Justiça (STJ)
atualizado
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O presidente Lula foi aconselhado por alguns aliados a não receber nenhum dos seis candidatos a duas vagas de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O argumento desses aliados a Lula é de que não vale a pena o desgaste de o petista receber os candidatos para dar “não” a quatro deles e um “sim” a apenas dois.
Desde outubro, Lula tem em mãos duas listas tríplices para indicar dois novos ministros do STJ. Uma composta por desembargadores e outra, por membros do Ministério Público.
A primeira lista tríplice para o STJ enviada a Lula tem os desembargadores federais Carlos Brandão e Daniele Maranhão, do TRF-1, e Marisa dos Santos, do TRF-3.
Já a segunda lista conta com os nomes dos procuradores Sammy Barbosa e Maria Marluce Bezerra e do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.
Embora esteja com as listas em sua mesa no Palácio do Planalto desde o final de outubro do ano ado, Lula não havia recebido nenhum dos seis candidatos até a quarta-feira (5/3).
Xadrez das escolhas
Hoje os dois favoritos para as vagas são Carlos Brandão e Marluce Bezerra. Piauiense, o desembargador é apoiado pelo ministro do STF Nunes Marques e pelo ministro Wellington Dias (PT).
Já Marluce tem como principal cabo eleitoral o atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC. Embora seja do PL, o prefeito se aproximou recentemente de integrantes do governo Lula.
Auxiliares dizem que, nas últimas semanas, Lula também pediu referências da desembargadora Marisa dos Santos e do procurador Sammy Barbosa, o que foi visto como um sinal de que ainda estão no páreo.
Lula é aconselhado a indicar STJ e STM ao mesmo tempo
Como noticiou a coluna, Lula foi aconselhado por auxiliares a indicar ministros para o STJ e para o Superior Tribunal Militar (STM) ao mesmo tempo, em março.
A estratégia, segundo assessores presidenciais, visaria amenizar possíveis críticas de aliados pela eventual ausência de uma mulher nas indicações de Lula ao STJ.