Ministro de Lula e bancos divergem sobre juros do novo consignado
Ministro de Lula defende que novo modelo de empréstimo consignado para trabalhadores CLT tenha teto de juros, o que bancos discordam
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira (29/1) que o governo vai lançar um novo modelo de empréstimo consignado, dessa vez destinado a trabalhadores domésticos e do regime CLT.
O anúncio foi feito pelo chefe da equipe econômica após uma reunião no Palácio do Planalto à tarde com Lula, outros integrantes do governo federal e representantes de bancos públicos e privados.
Haddad não deixou claro se haverá um teto para os juros dessa modalidade de consignado. A coluna apurou que há uma divergência entre os bancos e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em relação a isso.
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Segundo relatos, os representantes dos bancos defenderam na reunião com Lula que não haja limitação de teto para juros desse consignado, como há nos casos de beneficiários do INSS.
Um presidente de banco ouvido pela coluna sob reserva explicou que fixar um teto para o juros no cenário atual, com inflação e juros altos, pode tornar a modalidade de consignado impraticável.
Já o ministro do Trabalho é favorável à definição de um teto de juros. Lula, segundo relatos, não teria emitido opinião sobre a questão durante a reunião no Planalto na quarta.
O presidente disse aos representantes dos bancos que faria reuniões internas nas próximas semanas para acertar o modelo e voltaria a chamar os banqueiros para novas conversas.
