Após o Super Bowl, para onde vão as camisas prontas do time que perde?

Logo após a vitória do Philadelphia Eagles contra o Kansas City Chiefs no 59º Super Bowl, no último domingo (9/2), uma coleção de camisetas, bonés e moletons do time vencedor estava à venda no estádio e no site da National Football League. Mas, no caso do time que perdeu o campeonato, o que acontece com o estoque pré-fabricado, declarando a vitória da equipe?

Vem entender o contexto:

• Quando ocorre o Super Bowl, jogo final da temporada regular da National Football League, os dois times da partida têm milhares de itens de merchandising pré-fabricados para celebrar a vitória.
• Dessa forma, os produtos do clube vencedor entram à venda logo após o apito final, e também são usados pelos jogadores para receber o troféu. Mas, no caso do time que perde, os consumidores não têm o aos produtos, que não são comercializados, mas também não são descartados.
• A NFL trabalha com uma organização sem fins lucrativos para dar uma destinação eco-friendly aos milhares de produtos do clube que perdeu a final.
• O aguardado jogo desse domingo (9/2), referente à temporada de 2024, ocorreu em Nova Orleans, cidade do estado da Luisiana, nos Estados Unidos.
• Na ocasião, o Eagles derrotou o Chiefs – time de Travis Kelce, namorado da cantora Taylor Swift – por 40 a 22. O tradicional show do intervalo teve como atração musical o rapper Kendrick Lamar.

Destino solidário

As peças não vão para o lixo, mas também não são disponibilizadas para o público norte-americano. A NFL, em parceria com a organização sem fins lucrativos Good360, destina os produtos a comunidades carentes fora dos Estados Unidos, em países da Europa, da Ásia ou da África, mas sem divulgar o local exato. A instituição é especializada em redestinar mercadorias que, normalmente, iriam para os aterros sanitários.

Logo após o jogo anual, que determina o campeão da temporada regular de futebol americano, as peças são levadas para o endereço da Good360, onde o envio será preparado e, então, distribuído em parceria com organizações beneficentes nos locais de destino. Além de evitar o descarte das milhares de mercadorias e a revenda dos itens por terceiros, a organização cuida para que a doação dos produtos não prejudique a economia desses locais.

Mudança de rota

Até 1997, segundo a Fast Company, os itens do time perdedor eram destruídos. A mudança ocorreu após a World Vision propor uma solução diferente à NFL. Com a Good360, atual responsável pela destinação das peças, a parceria ocorre desde 2015. A instituição faz o mesmo com os itens dos times que perdem a World Series da Major League Baseball.

Fica a inspiração para que as marcas que ainda lidam com estoque excedente de forma antiquada – a Burberry, até anos atrás, queimava, literalmente, as sobras de coleções adas – também optem por caminhos mais adequados, no aspecto socioambiental.