Kanye West e as diversas tentativas do rapper de revolucionar a moda
O rapper Kanye West (Ye) aposta no mercado de moda desde o início de sua carreira, muito antes de enfrentar controvérsias como as atuais
atualizado
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Não só da marca Yeezy vive o currículo de Kanye West (Ye) quando o assunto é o mundo da moda. Antes da colaboração com a Adidas — encerrada na primeira temporada de falas polêmicas de Ye, em 2021 — o artista já assinou outros trabalhos com etiquetas e projetos independentes que nunca foram lançados oficialmente.
Vem conhecer!

A trajetória de Kanye na moda
- Kanye West foi introduzido ao mundo da moda por meio de sua ex-noiva, Alexis Phifer, uma designer radicada em Los Angeles, nos Estados Unidos;
- Em 20o9, o artista colaborou com a Nike com a sua marca, a Yeezy. Ele também fez uma collab com a Louis Vuitton, lançando sneakers raros e valorizados até os dias de hoje;
- Ao lado da Adidas, estabeleceu a Yeezy como conhecemos hoje no ano de 2014, com o lançamento da coleção Yeezy Season 1.
- A parceria com a marca alemã durou até 2022, e se encerrou após as falas antissemitas do rapper.
- Este ano, Kanye voltou a reproduzir preconceito e teve seu site retirado da plataforma Shopify.
A história de Ye com a moda remonta ao início da fama do rapper. Segundo fãs e o próprio documentário do artista disponível na Netflix, o interesse surgiu enquanto estava noivo da estilista Alexis Phifer, com quem se relacionou de 2002 a 2008.
No começo do relacionamento, Phifer já tinha seu nome estabelecido e ajudou a introduzir Ye no mercado. Após o término, a designer optou por manter sua vida longe dos holofotes.

Ao mesmo tempo, Kanye começou a difundir um de seus projetos, a Pastelle, que desde o anúncio, em 2008, chamava atenção do público. Antes da era minimalista e cinzenta pela qual o rapper é conhecido, seu estilo era extremamente colorido. A Pastelle ressaltava esse lado animado, e que logo seria esquecido.
Kanye confirmou que a Pastelle tinha a previsão de ser oficialmente lançada em 2009, mas, para a tristeza dos fãs, a marca se manteve exclusiva entre os amigos, a equipe de Ye e pouquíssimas celebridades. Nos últimos anos, surgiram boatos de que a etiqueta chegaria ao mercado, burburinho que nunca se concretizou.


Os anos de 2008 e 2009 também marcaram as primeiras aventuras de Ye com marcas de grife. Ao lado de seu amigo e lenda do streetwear Virgil Abloh, Kanye participou de um programa interno na Fendi.
Esse tempo foi marcado, ainda, pelo primeiro lançamento da linha Yeezy, ao lado da Nike. Os famosos Air Yeezy tiveram sua primeira edição em 2009 e uma segunda em 2012. Ambos os modelos foram extremamente limitados e são considerados raros atualmente.


Nessa época, Kanye concluiu sua primeira e única parceria com uma grife. Sua colaboração com a Louis Vuitton chegou ao mercado em 2009, sendo uma coletânea de três sneakers, batizados de Jasper, Don C e Mr Hudson, nomes de amigos próximos do rapper.


Com o encerramento de seu contrato com a Nike, em 2013, alegando falta de liberdade criativa, Kanye lançaria seu projeto mais longevo e que fixou seu nome no mercado. Em 2014, Kanye firma sua parceria com a Adidas e apresenta, no outono de 2015, a coleção Yeezy Season 1.
O projeto revelou o estilo distópico que se tornaria de Ye nos próximos anos. Apesar de ter influenciado uma geração, o lançamento não foi recebido com bons olhos pelos fãs e crítica, pegos de surpresa pela estética sóbria — e sombria — reproduzida na linha.


A colaboração com a Adidas rendeu nove coleções que, em geral, exploravam a estética minimalista e futurista, e se encerrou quando, pela primeira vez, o cantor proferiu publicamente falas antissemitas, em 2022. A Adidas manteve um vasto acervo da marca e realizou uma queima de estoque histórica com peças vendidas até pela metade do valor.
Kanye e a marca alemã travaram um disputa judicial pelo nome Yeezy, ação que só foi concluída em 2024. Segundo relatórios, a Adidas teria perdido US$ 1,3 bilhões em produtos em decorrência das polêmicas falas do rapper.

A influência de Ye parece estar com os dias contados para a moda. Recentemente, o artista conseguiu que seu e-commerce fosse banido da plataforma Shopify, após anunciar a venda de camisetas com conteúdo nazista. Ainda sem uma retratação por parte do rapper, sua carreira segue em derrocada e mancha a imagem das propostas antes tidas como algo inovador.