Justiça decide sobre prisão de empresários flagrados com R$ 1,2 mi
O trio foi preso nessa terça-feira (20/5) quando desembarcou de um voo vindo de Manaus (AM). As notas estavam escondidas dentro das malas
atualizado
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A Justiça do Distrito Federal mandou soltar os três homens que foram flagrados com malas de dinheiro vivo, somando R$ 1.258.431, no Aeroporto Internacional de Brasília, na terça-feira (20/5). A decisão impôs medidas cautelares. Eles não podem sair de Brasília e devem ser monitorados por tornozeleira eletrônica durante três meses.
Além disso, estão proibidos de se aproximar do evento de prefeitos, num raio de até 200 metros. A Polícia Federal havia pedido a conversão da prisão em flagrante em preventiva, mas a Justiça negou o pedido. A coluna havia noticiado que os empresários seguiam presos, mas a informação foi corrigida nesta quinta-feira (22/5), às 23h.
No momento do flagrante os empresários confessaram a presença das notas e informaram que iam ao estado de Goiás para comprar insumos para as empresas e sanar algumas dívidas. Diante disso, diversas contradições foram identificadas, sobretudo porque, o trio, sequer, sabia indicar com exatidão o local onde fariam as compras ou com quem quitariam as supostas dívidas.
Posteriormente à prisão, pesquisas e levantamentos complementares reforçaram os indícios quanto à origem ilícita dos valores apreendidos. Segundo a investigação, ficou constatado que os empresários possuem vínculos com empresas com capacidade econômica e financeira incompatível com o capital social declarado.
Descobriu-se, também, que a quantia encontrada não possui lastro sustentável nos rendimentos médios mensais declarados pelos empresários. Por fim, as sedes das empresas a eles vinculadas não possuem estrutura condizente com os contratos celebrados junto a prefeituras. Reforçando os indicativos de se tratarem de empresas de “fachada”.
“Considerando todo o contexto fático e probatório exposto e a ratificação das hipóteses criminais enunciadas, represento pela conversão da prisão em flagrante em preventiva”, declarou.
Celulares e aparelhos eletrônicos também foram apreendidos pelos agentes. A Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo para ar as informações contidas nos aparelhos, que podem contribuir para o avanço das invstigações, que terão continuidade.