Milicianos agiam como articuladores políticos no Rio
Organização não se limitava ao controle territorial, mas se expandia para uma rede de articulação política e institucional
atualizado
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A Operação Epilogue, que identificou detalhes da organização criminosa liderada por Danilo “Tandera”, revelou as funções de Rodolfo dos Santos Vasconcellos e do policial penal Júlio Cesar Ferreira Aleixo na manutenção das atividades da milícia no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério Público fluminense (MPRJ), Júlio Aleixo atuava como policial penal e aproveitava da sua posição para favorecer os interesses da milícia dentro do sistema prisional.
Ele era responsável pela garantia de benefícios ilegais aos membros do grupo encarcerados e rear informações sigilosas que auxiliavam as operações criminosas fora das prisões.
Já Rodolfo Vasconcellos, também denunciado, atuava como articulador político, intermediando interesses da milícia com agentes públicos. Ele era o responsável por viabilizar os interesses da organização em campanhas eleitorais, promovendo candidaturas de políticos aliados do grupo.
Os promotores destacaram que o modus operandi da organização não se limitava ao controle territorial, mas se expandia para uma rede de articulação política e institucional.