Demitido do PL, Wajngarten trabalhava por candidatura de Michelle
Demitido do PL após vazamento de mensagem de 2023 sobre Michelle Bolsonaro, Fabio Wajngarten havia se tornado defensor da candidatura dela
atualizado
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Demitido do PL, Fabio Wanjgarten articulava ao longo das últimas semanas uma candidatura de Michelle Bolsonaro à Presidência em 2026. Ironicamente, o ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro deixou o partido após o vazamento de mensagens, de janeiro de 2023, nas quais criticava a possibilidade de Michelle ser lançada ao Planalto. O destinatário dos “zaps” era Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Na última sexta-feira (16/5), Jair Bolsonaro antecipou à coluna que conversaria com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para definir que providências tomar após os vazamentos. “Diferentemente da atual primeira-dama, Michelle botava ordem na casa. Ela é quem botava ordem na casa, e o pessoal não gostava. Mas não justifica essa troca de mensagens, ainda mais em janeiro de 2023, quando eu estava elegível. Um falou besteira, o outro concordou. Vou conversar com o Valdemar sobre isso. Vamos ver o que fazer”, declarou Bolsonaro.
O colunista do Metrópoles Igor Gadelha informou, nesta segunda (20/5), que a demissão de Wajngarten ocorreu a pedido de Michelle, que ficou incomodada ao ler que ele e Cid afirmaram “preferir votar em Lula” a votar nela.
Curiosamente, Wajngarten vinha se tornando um dos principais articuladores da candidatura de Michelle Bolsonaro ao Planalto. O ex-secretário de Comunicação ou a defender uma chapa encabeçada pela ex-primeira-dama após o ex-presidente Michel Temer sustentar que a direita deveria procurar um caminho fora do bolsonarismo para 2026.
Em reação à fala de Temer, figuras do campo conservador como Malafaia e Wajngarten aram a defender uma chapa puro-sangue do PL, encabeçada por Michelle. Após os vazamentos das mensagens de 2023, Wajngarten argumentou a interlocutores que o zap foi trocado com Mauro Cid há 28 meses e que, na ocasião, uma candidatura da ex-primeira-dama sequer era especulada.
A candidatura de Michelle Bolsonaro ganhou corpo nos últimos dias. Aliados da primeira-dama argumentam que ela “ganhou musculatura” ao participar de manifestações e se envolver diretamente na articulação política do PL.
