A vagina também precisa de colágeno; médica responde por quê
Especialista aponta que o colágeno pode ajudar na hidratação e na elasticidade da área íntima, além de estimular a musculatura pélvica
atualizado
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Quando se fala do termo “rejuvenescimento íntimo”, temas como estética e embelezamento podem vir à mente. Entretanto, esse não é o principal propósito de algumas técnicas de regeneração voltadas para essa região, e sim proporcionar bem-estar para a mulher. Um dos tratamentos eficazes nesse sentido é o colágeno íntimo.
O colágeno, a quem não sabe, é uma proteína presente em vários tecidos do corpo, inclusive na vagina e na vulva, e serve tanto para dar elasticidade quanto para dar firmeza à cútis.
Segundo a ginecologista, obstetra e uroginecologista Maria Emília Ferreira, com a perda de colágeno na região íntima, ocorre a atrofia vaginal, uma secura e flacidez da vulva que pode gerar sintomas como fissura, cortes na hora da relação sexual, ardência na vagina e até mesmo incontinência urinária.
Benefícios
Maria Emília destaca que, quando se fala em vagina e canal vaginal, o colágeno pode aumentar a espessura e quantidade de camadas celulares na vagina. Isso faz com que a produção do glicogênio, que é o alimento das bactérias “boas”, volte aos patamares normais. “E ainda regula o pH vaginal, diminui o risco de infecção urinária e de corrimentos vaginais e ajuda a melhorar a lubrificação da vagina, porque aumenta a hidratação do tecido.”
“O aumento da produção de colágeno é importante tanto para a parte estética, quando a gente fala da flacidez da vulva; quanto para melhorar sintomas como a coceira, que acontece quando a vulva fica ressecada”, explica a profissional.
Vida sexual
Para a vida sexual, a médica acrescenta que, com a melhora da elasticidade e firmeza da pele, a região fica mais tonificada e com menos flacidez. “Os benefícios para a vida sexual, então, são a melhora da lubrificação e, consequentemente, do prazer.”
Como obter?
A principal fonte de colágeno costuma ser a alimentação, contudo, outras técnicas podem ajudar a lidar com essa perda. A profissional destaca que atualmente existem diversas tecnologias que podem impulsionar a proteína.
“Uma delas é o laser de CO2, o mais utilizado e que acabou se tornando referência para tratamento de rejuvenescimento íntimo. No caso do ultrassom microfocado, ele trata a mucosa vaginal, principalmente as camadas mais profundas. Por isso, pode ser associado com o tratamento a laser, voltado para a micosa vaginal.”
Já na vulva, há outras técnicas que podem ser combinadas, segundo a médica. “Além das tecnologias como o laser, a radiofrequência e o ultrassom microfocado, existe o bioestimulador de colágeno, uma medicação injetada na vulva e que estimula o corpo a produzir esse neocolagênese, um novo colágeno. O efeito disso é uma pele mais firme.”