Trampling: conheça o fetiche em ser pisoteado no sexo
Com raízes no BDSM, o trampling consiste no fetiche em ser pisoteado no sexo; entenda melhor a prática e como aderir
atualizado
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Consegue se imaginar sendo pisado por alguém e gostar disso a ponto de sentir tesão? Bom, a ideia não é fictícia, mas sim um fetiche que está se popularizando e tem um nome para lá de diferente: trampling.
Ele consiste em uma pessoa pisar sobre a outra de meia, descalço ou usando algum sapato específico, como salto alto. Para variar, o adepto pode mudar tanto o local que pisoteia quanto a intensidade do movimento, deixando “a gosto” da parceria.
Fetiche faz parte do universo BDSM
A especialista em relacionamento e sexualidade Julia Giànerinni explica que o trampling está diretamente relacionado ao universo BDSM.
“Dentro do contexto de trampling, a prática relaciona-se com três dos componentes BDSM: envolve o processo de dominação daquele que pisa; o de submissão, de quem é pisoteado; e ainda o de masoquismo, de ambos ou uma das partes, tanto de ver o outro sentindo dor, quanto o de sentir dor.”
Por que algumas pessoas têm tanto tesão em ser pisoteadas?
A profissional destaca que o lado erótico de uma pessoa é um momento de liberdade e, por conta disso, não cabem rótulos.
“No nosso lado erótico, podemos ser o que quisermos e como quisermos, e aquilo não necessariamente define quem somos. Não estamos falando de transtornos ou algo do tipo, o sexo é a hora em que podemos nos libertar de todas as amarras.”
Dicas para começar
Como parte do BDSM, o trampling também segue a premissa principal de que deve ser são, seguro e consensual. Para adentrar no fetiche com segurança, dentro da comunidade BDSM, acontecem diversos cursos de dominadoras experientes para ensinar como praticar o trampling de maneira correta e que não cause ferimentos.
O que é preciso para praticar o trampling?
Para Juliana, o diálogo, respeito e paciência são essenciais. “Diálogo para entender o interesse do outro, o que ele pensa, como ele pensa e a forma que pode ser praticado. Respeito porque o sexo não tem regras, mas precisa de respeito acima de tudo, afinal, são minimamente duas pessoas envolvidas ali e cada uma tem um limite que precisa sim ser respeitado. Paciência por ser algo novo, não necessariamente será da forma perfeita como imaginaram logo de primeira”, encerra.