Em 2º turno, professora Rozana Naves é eleita nova reitora da UnB

A professora Rozana Naves foi eleita a nova reitora da Universidade de Brasília (UnB) e assumirá a gestão da instituição de ensino superior de 2024 a 2028. Representante da chapa “Imagine UnB: Participar e Transformar”, ela recebeu a maioria dos votos no segundo turno do pleito, contra Olgamir Amancia Ferreira. O vice-reitor eleito é Márcio de Farias.

Ao todo, foram computados 8.163 votos. Desses, 5.287 foram às urnas a favor de Rozana (64,98%), enquanto 2.876 votaram em Olgamir (35,02%). A porcentagem de abstenção foi semelhante à do primeiro turno, somando 84,4% dos 56.431 professores, alunos e técnicos aptos a votar, mas que não o fizeram.

Rozana é professora e pesquisadora do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (LIP), foi diretora do Instituto de Letras e atuou como decana de istração, além de ter sido coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística.

Entre as propostas da reitora eleita há o reajuste das bolsas de assistência estudantil e a implementação de cotas para transexuais bem como a construção de banheiros neutros.

Durante a campanha, a professora também prometeu viabilizar a revitalização das áreas desportivas nos campi da UnB; investir na modernização e na ibilidade do Centro Olímpico, além de criar um fórum de Ciência, Cultura e Arte.

Em relação aos professores, ela se comprometeu a valorizar a criatividade didática dos docentes; reestruturar os comitês de ética em pesquisa e buscar alternativas para a oferta de plano de saúde corporativo para os docentes.

Durantes os debates, Rozana também apresentou propostas para técnicos istrativos, estudantes 60 mais, atléticas, comunidade surda, pessoas LGBTQIAPN+, pesquisadores, entre outros.

Confira todas as propostas: 

Propostas da reitoria eleita by Metropoles

Olgamir

Derrotada, a candidata Olgamir Ferreira agradeceu pelos votos recebidos e pela confiança depositada em sua campanha. Ela também reforçou a baixa participação da comunidade e destacou a “abstenção histórica” no segundo turno.  “A [abstenção] aponta para uma necessária revisão do processo, com vistas a uma maior e efetiva representatividade, completou.

Leia carta aberta:

Terminada a apuração da consulta à reitoria, a chapa 90 expressa o mais profundo agradecimento pelos votos recebidos e pela confiança depositada na construção coletiva do nosso projeto de universidade. Agradecemos a todas e todos que defenderam a nossa proposta, publicamente ou não.

Também agradecemos o apoio das lideranças representativas das forças comprometidas com a democracia, em particular os parlamentares que estiveram ao nosso lado, uma chapa que orgulhosamente uniu correntes progressistas de bastante expressão no Distrito Federal.

Nos sentimos honrados pelo apoio e pelo forte engajamento de todos vocês que puderam comparecer aos campi para votar. A baixa participação da comunidade no processo organizado pelos sindicatos dos/as técnicos/as, dos/as docentes e pelo DCE, com uma abstenção histórica no segundo turno, aponta para uma necessária revisão do processo, com vistas a uma maior e efetiva representatividade.

Acreditamos firmemente que a democracia é o alicerce de uma universidade pública. A Universidade de Brasília deve continuar a ser exemplo de pluralidade e respeito aos direitos humanos.

Último debate

No último debate antes do pleito, Rozana defendeu o fortalecimento da relação da UnB com a educação básica e no oferecimento de processos atrativos para perspectiva de futuro, como o incentivo às empresas juniores.

O ponto principal da chapa é a a participação popular e descentralizada do orçamento da UnB. As propostas e as discussões podem ser assistidas pelo canal do Metrópoles: