Em meio a anúncio de greve, Chapa 1 vence eleição do Sinpro-DF
Votação acabou nessa quinta-feira (29/5). Os candidatos eleitos comandarão o Sinpro-DF no período 2025-2028
atualizado
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A Chapa 1-Mais Lutas, Mais Conquistas venceu as eleições do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), realizada entre quarta e quinta-feira (29/5). Os candidatos eleitos comandarão o Sinpro-DF no período 2025-2028.
As votações para a nova diretoria e conselho fiscal do sindicato ocorreram dias depois de a entidade anunciar greve a partir da próxima segunda (2/6).
Participaram da votação professores e orientadores educacionais do DF filiados ao Sinpro-DF há, pelo menos, seis meses. No total, 204 urnas receberam votos. A apuração terminou na madrugada desta sexta-feira (30/5) – confira os vencedores aqui.
As urnas foram alocadas na sede e nas subsedes do Sinpro, bem como em escolas e regionais da Secretaria de Educação em Arniqueira, Brazlândia, Candangolândia, Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho I, Taguatinga e Vicente Pires.
A votação, que começou na quarta (28/5), acabou às 20h de quinta-feira (29/5). Depois, todas as cédulas foram levadas ao clube da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade), onde a comissão eleitoral iniciou a apuração dos votos.
Três chapas concorreram à direção do Sinpro:
- Chapa 1 – Mais Lutas, Mais Conquistas – 6.055 votos 58,03%
- Chapa 2 – Alternativa – Unificando Oposições – 2.949 votos 28,26%
- Chapa 3 – MUP Reconstrução – 1.431 votos 13,71%
- Brancos – 58 votos
- Nulos – 118 votos
- Total de votos: 10.611 votos
Além das três chapas, havia 11 postulantes ao conselho fiscal do órgão. Cada eleitor pôde votar em até cinco pessoas.
Greve
Ainda na quinta, a Justiça do Distrito Federal decidiu aplicar multa diária de R$ 1 milhão ao Sinpro-DF caso os docentes decidam, de fato, entrar em greve.
Além de impor a multa milionária, a decisão assinada pela desembargadora Lucimeire Maria da Silva estabelece o corte de ponto dos professores que optarem por não trabalhar.
Segundo o Sinpro-DF, os educadores cobram um reajuste salarial de 19,8% e a reestruturação do plano de carreira. A paralisação é por tempo indeterminado, segundo a entidade.
Já a pasta chefiada pela secretária Hélvia Paranaguá pontuou conquistas desses profissionais nos últimos anos, como reajuste salarial de 18%, com a última parcela prevista para julho de 2025; revisão de benefícios, como auxílio-alimentação e saúde; e concursos públicos e milhares de nomeações desde 2019.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria de Educação do DF informou que, nessa quinta, a desembargadora relatora recebeu procuradores da Procuradoria-Geral do DF (PGDF) e o advogado do Sinpro-DF, que propôs suspender a greve caso o governo aceitasse reabrir a negociação. “O GDF aceitou a proposta, mas, na sequência, o sindicato apresentou novas exigências, inviabilizando o acordo naquele momento”, diz a pasta.