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Famílias desalojadas em ação do GDF fazem acampamento na CLDF

Famílias foram despejadas de suas casas no Setor de Chácaras Lucio Costa (SCLC), no Setor de Inflamáveis, nessa segunda-feira (5/5)

atualizado

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Imagem colorida de pessoas acampadas na CLDF - mETRÓPOLES
1 de 1 Imagem colorida de pessoas acampadas na CLDF - mETRÓPOLES - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Famílias que foram retiradas de uma área de invasão no Setor de Chácaras Lucio Costa (SCLC), no Setor de Inflamáveis, nessa segunda-feira (5/5), montaram um acampamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Além de adultos, crianças e adolescentes aram a noite no órgão, após a ação de desocupação do Governo do DF (GDF).

À reportagem a catadora de recicláveis Jaqueline Soares da Silva, 28 anos, contou que as famílias chegaram a ser alertadas sobre a desocupação. Contudo, logo em seguida, foram informadas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) que a ação não mais ocorreria.

“Quando foi no dia 5 de maio, fomos surpreendidos com a polícia, a cavalaria e os tratores derrubando tudo. Nos tiraram de lá sem preocupação com as crianças ou com os idosos. Não nos ofereceram o a nenhum benefício. Entramos em desespero e viemos pedir ajuda na CLDF”, começou a mulher.

Acompanhada dos três filhos, sendo dois autistas e uma bebê de 9 meses, Jaqueline disse que deputados prometeram às famílias desalojadas uma solução. Contudo, até o momento, a situação permanece a mesma.

“Estamos ando necessidades, dormindo no chão. Muitos estão até nas ruas. Perdemos nossas casas, comida, água. As crianças estão aqui sem e. Fizemos apenas uma alimentação hoje, às 14h. É muito difícil. Precisamos de ajuda”, declarou a mulher.

Os desabrigados reuniram-se com distritais e com o presidente da Casa Legislativa, Wellington Luiz (MDB), na tarde dessa terça-feira (6/5). Durante fala no Plenário, o emedebista disse que as famílias poderiam ficar na CLDF, uma vez que trata-se da casa do povo, até que uma solução fosse encontrada.

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devido a uma ação de desobstrução que ocorreu na região, na segunda-feira (5/5).
Sob a justificativa de que o local se trata de terreno público ocupado de forma irregular, aproximadamente 300 pessoas ficaram desalojadas
Segundo os moradores, no dia da derrubada, o Governo do Distrito Federal realizou a ação de despejo sem um tempo hábil para que as famílias pudesse recorrer a algum plano
e sem oferecer aos habitantes do local, qualquer tipo de e emergencial.
Famílias estão na CLDF desde terça-feira (6/5)
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Cerca de 46 famílias que viviam há mais de 30 anos no Setor de Chácaras Lucio Costa (SCLC) – Setor de Inflamáveis, a cerca de 3 km da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) –ficaram sem moradia

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devido a uma ação de desobstrução que ocorreu na região, na segunda-feira (5/5).

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Sob a justificativa de que o local se trata de terreno público ocupado de forma irregular, aproximadamente 300 pessoas ficaram desalojadas

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Segundo os moradores, no dia da derrubada, o Governo do Distrito Federal realizou a ação de despejo sem um tempo hábil para que as famílias pudesse recorrer a algum plano

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e sem oferecer aos habitantes do local, qualquer tipo de e emergencial.

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Famílias estão na CLDF desde terça-feira (6/5)

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O presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB) permitiu a permanência delas no órgão

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Ao Metrópoles, Giovana Maria Honório, 28 anos, catadora de recicláveis, disse que morava há muito tempo no local. Agora, a jovem diz sentir medo do fato de não ter para onde voltar com o filho.

“Não sei o que fazer. Lutamos muito para conseguir nossa casa. Agora tudo isso acontece e não temos mais onde ficar. As crianças não podem ficar na rua. Estamos todos desesperados. Temos pessoas aqui que estão doentes. Nossos animais estão jogados nas ruas. Estamos dependendo de ajuda até para beber água”, desabafou.

Comissão de Direitos Humanos

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da CLDF encaminhou um ofício ao Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) pedindo “atuação com urgência”.

No documento, o deputado distrital Fábio Félix (PSol), presidente da comissão , diz que as famílias atingidas não receberam respaldo governamental, tal como o a projetos como auxílio aluguel, alimentação, acolhimento ou proteção social, especialmente para crianças, adolescentes, idosos e demais pessoas em situação de vulnerabilidade.

“O único acolhimento possível foi prestado por um Templo de Umbanda Caboclo Tupinambá D’Oxum, que funciona no local desde 2021, e agora também está ameaçado de ser demolido. Esse templo se tornou o único espaço de abrigo para as famílias depois do despejo”, disse Fábio, no documento.

Devido a gravidade do caso em que se encontram as famílias, a comissão pediu ao MP a suspensão imediata da derrubada, a entrega de alimentos e água às famílias, a garantia do reassentamento a elas, acompanhamento jurídico, bem como “respeito ao funcionamento do Templo de Umbanda Caboclo Tupinambá D’Oxum”.

Despejo

Cerca de 46 famílias que viviam há mais de 30 anos no Setor de Chácaras Lucio Costa (SCLC), a cerca de 3 km da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), ficaram sem moradia devido a uma ação de desobstrução que ocorreu na segunda-feira (5/5).

Sob a justificativa de que o local se trata de terreno público ocupado de forma irregular, aproximadamente 300 pessoas, incluindo cerca de 170 crianças e adolescentes, foram desalojadas.

Em protesto contra a ação do poder público, a população montou uma barricada e ateou fogo a ela, na tentativa de dificultar a entrada dos policiais na área. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) teve de intervir, para evitar que as chamas se alastrassem pelo Setor de Inflamáveis.

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O motivo é uma ação de desobstrução que ocorre na região, nesta segunda-feira (5/5)
A justificativa das autoridades é de que o local se trata de terreno público ocupado de forma irregular
Pela manhã, equipes das forças de segurança pública e da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) chegaram ao SCLC
As equipes estavam preparadas para iniciar derrubadas na área
No entanto, moradores da área ouvidos pela reportagem reclamam que foram notificados recentemente sobre a possível remoção e de não terem sido inscritos em programas habitacionais pelo Executivo local
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Cerca de 46 famílias que vivem há mais de 30 anos no Setor de Chácaras Lucio Costa (SCLC) – no Setor de Inflamáveis, a cerca de 3 km da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) – podem ficar sem moradia a qualquer momento

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O motivo é uma ação de desobstrução que ocorre na região, nesta segunda-feira (5/5)

Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)
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A justificativa das autoridades é de que o local se trata de terreno público ocupado de forma irregular

Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)
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Pela manhã, equipes das forças de segurança pública e da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) chegaram ao SCLC

Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)
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As equipes estavam preparadas para iniciar derrubadas na área

Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)
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No entanto, moradores da área ouvidos pela reportagem reclamam que foram notificados recentemente sobre a possível remoção e de não terem sido inscritos em programas habitacionais pelo Executivo local

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A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do Distrito Federal, porém, alertou para o fato de a área ficar perto de uma zona de produtos inflamáveis, o que poderia causar uma tragédia

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Em setembro de 2024, o órgão fez um levantamento sobre o local e emitiu 40 termos de Notificação e Orientação aos ocupantes, para que deixassem a região, devido ao risco de desastres com produtos perigosos

Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

Na região, moram famílias de catadores de materiais recicláveis, principalmente. Apesar dos anos de permanência no Setor de Chácaras Lucio Costa, a ocupação não entrou em processo de regularização, o que fez a comunidade exigir uma solução judicial.

A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do Distrito Federal, porém, alertou para o fato de a área ficar perto de uma zona de produtos inflamáveis, o que poderia causar uma tragédia. Em setembro de 2024, o órgão fez um levantamento sobre o local e emitiu 40 termos de Notificação e Orientação aos ocupantes, para que deixassem a região, devido ao risco de desastres com produtos perigosos.

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