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Militar condenado por levar pó em avião da FAB recebia drogas em motel

Ex-sargento da FAB foi condenado pelo STM em 2024 por levar cocaína em avião da Presidência da República. Ele recebia drogas em motel

atualizado

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militar que transportou droga
1 de 1 militar que transportou droga - Foto: Reprodução

O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) condenado por levar 39 kg de cocaína em avião presidencial recebia as drogas em um motel, no Núcleo Bandeirante, região istrativa do Distrito Federal. A sentença do Superior Tribunal Militar (STM), última instância, saiu no fim de 2024 e declarou Manoel Silva Rodrigues (foto em destaque) culpado pelo crime, com pena de 17 anos de reclusão. A reportagem procurou a defesa do sargento, que não se manifestou.

Na decisão, detalhes da investigação foram revelados, como a estratégia de buscar drogas no motel. O sargento foi ao estabelecimento em 23 de junho de 2019, dois dias antes de embarcar, ou cerca de uma hora no local e deixou o carro com a cocaína em algum lugar. A investigação acredita que foi na Base Aérea da FAB.

De lá, ele teria ido ao aeroporto e buscado o carro alugado que usaria nas próximas 48 horas até a data de embarcar com a comitiva presidencial para Tóquio, com escala em Sevilha (Espanha).

Essa não foi a primeira vez que Manoel usou o motel como parte dos esquemas. A investigação identificou que ele entrou com o próprio carro no local em outras duas ocasiões: em 28/4/2019 e 25/5/2019. Em 29 de abril, Manoel viajou internacionalmente para o Azerbaijão e fez escala em Madri – capital da Espanha.

A apuração entendeu que Manoel entregou o entorpecente na capital espanhola. Em 25 de maio, a visita ao motel ocorreu por motivo diferente. A Polícia Federal concluiu que Manoel retornava de uma missão em Recife (PE) e que teria também feito transporte de drogas para a capital pernambucana. Ele então teria ido ao estabelecimento para “comemorar” com a esposa o resultado da operação.

Pente do motel

Os investigadores começaram a suspeitar do motel como um ponto de agem das drogas após encontrar uma mensagem da esposa do ex-sargento perguntando sobre um pente com a logo da rede que estaria na mochila dele.

“Manoel, sereno, confirma que pegou o item no citado motel, depois a adverte, pois tinha avisado sobre ter ido ao local antes da viagem para o Azerbaijão. A ida de Manoel a um motel, com o conhecimento de sua esposa, que se mostra nas mensagens ser uma pessoa ciumenta, intrigou a equipe de investigação.”

Também foi com uma troca de mensagem que a polícia identificou que Manoel tinha outro celular, supostamente para usar no tráfico. O ex-sargento utilizou a linha telefônica nova para mandar mensagem à esposa se ando por outra pessoa para testar a fidelidade da companheira. Ela percebeu o truque e quis saber se o marido comprou o aparelho para mandar mensagens a outras mulheres em suas viagens. Segundo a investigação, o telefone seria usado para combinar os rees de drogas.

As apurações apontaram para outras pessoas envolvidas, inclusive militares da FAB, mas somente Manoel foi condenado.

Militares condenados com drogas

O agora o ex-sargento é apenas um dos 641 militares condenados nos últimos sete anos por envolvimento com drogas, conforme revelou o Metrópoles. De 2018 a 2024, o STM condenou integrantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

Os dados das condenações foram obtidos por meio da Lei de o à Informação (LAI), com o detalhamento do tipo penal e das patentes dos envolvidos.

Soldados do Exército foram os mais condenados, somando 563 do total. Apenas em 2019, 158 militares foram condenados pelo crime, a FAB teve 6, sendo 1 cabo e 5 soldados, e a Marinha, 1 cabo, 8 marinheiros e 2 soldados navais. No ano anterior, o Exército teve 77 soldados condenados e 1 cabo; a Aeronáutica, 4 soldados e 1 cabo; e a Marinha, 1 cabo, 3 marinheiros e 2 soldados navais.

2.140 militares condenados

A pesquisa via LAI é a mesma que o Metrópoles fez ao apontar que o STM condenou 2.140 militares, de 2018 a 2024, mas poupou generais, brigadeiros e almirantes.

  • Pelo levantamento, foram 1.615 militares do Exército Brasileiro, 281 da Força Aérea Brasileira e 244 da Marinha do Brasil condenados de 2018 a 2024;
  • Dezessete coronéis formam a mais alta patente a receber condenação, sendo 15 do Exército e dois da Aeronáutica;
  • Exército teve 17 tenentes-coronéis condenados, e a Marinha, 1 capitão de fragata.
  • Em 2024, um dos oficiais foi considerado culpado pelo crime de favorecimento da prostituição ou exploração sexual de vulnerável;
  • Um soldado e um cabo do Exército foram condenados por estupro;
  • Também foram condenados por importunação sexual ao longo dos últimos sete anos um capitão e um 1º tenente da FAB;
  • Do Exército, foram um cabo, um soldado, um 2º sargento e um 3º sargento por importunação;
  • A Marinha não teve condenação pelo crime.

Por meio de nota, o Centro de Comunicação Social do Exército destacou que os integrantes da Força são “um estrato da sociedade brasileira e dos que fazem parte dela”; por isso, assim como todos os cidadãos, os militares estão sujeitos ao que preveem as leis penais civis e a legislação vigente especificamente para eles.

O Exército acrescentou que não cabe à instituição tecer comentários a respeito de decisões judiciais.

O Metrópoles procurou as três Forças Armadas para pedir posicionamento, mas não teve resposta das duas demais até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventual manifestação.

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