Homem é morto com tiro na cabeça em frente a distribuidora de bebidas
Dados da SSP-DF mostram que 17% dos homicídios cometidos em 2024 ocorreram em estabelecimentos que vendem bebida alcoólica
atualizado
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Um homem, de 34 anos, foi morto com um tiro na cabeça em frente a uma distribuidora de bebidas em Samambaia Sul, na madrugada desta sexta-feira (28/2).
A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada por populares. No local, os PMs encontraram a vítima com uma perfuração no crânio.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, que apura a motivação do crime. De acordo com a corporação, um outro homem de 26 anos foi baleado de raspão na região das costas. Ele foi socorrido ao Hospital Regional de Samambaia (HRsam).
Testemunhas disseram que o assassino chegou na distribuidora de bebidas a pé e efetuou três disparos na cabeça da vítima. O atirador fugiu na mesma direção em que ele tinha chegado.
A 32ª DP (Samambaia Sul) vai analisar as imagens das câmeras de segurança da região para auxiliar na identificação do autor.
17% dos homicídios
Na última terça-feira (25/2), a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) divulgou o balando de criminalidade dos últimos 10 anos. Os dados mostram que 17% dos homicídios cometidos em 2024 ocorreram em estabelecimentos que vendem bebida alcoólica.
Para reduzir os indicadores de violência e evitar crimes do tipo, a pasta defende a redução do horário de funcionamento das distribuidoras de bebidas na capital federal.
De acordo com o secretário, Sandro Avelar, as distribuidoras de bebidas no Distrito Federal funcionam 24 horas por dia, o que potencializa as possibilidades de crime em estabelecimentos do tipo. Legalmente, as distribuidoras não seguem as mesmas regras de bares e restaurantes, com a finalidade apenas de distribuir produtos, sem característica de oferecer ao cliente um ponto de consumo.
A pasta pretende apresentar o debate para o Governo do Distrito Federal (GDF) e para a sociedade. O mapeamento dos homicídios em 2024 também apontou que 95% das vítimas são homens.