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Briga entre Evo e Arce torna futuro político da Bolívia incerto

Eleições na Bolívia se aproximam em meio a uma briga interna na esquerda, envolvendo Evo Morales e o atual presidente do país, Luis Arce

atualizado

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Imagem colorida mostra Evo Morales e Luis Arce - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Evo Morales e Luis Arce - Metrópoles - Foto: Muhammed Emin Canik/Anadolu Agency via Getty Images

Há menos de oito meses para as eleições presidenciais na Bolívia, o clima político no país segue marcado por uma disputa interna envolvendo dois antigos aliados, Evo Morales e Luis Arce, que provocaram um racha no principal partido boliviano, o Movimento ao Socialismo (MAS).

A briga entre atual presidente da Bolívia e o ex-mandatário culminou na expulsão de Evo Morales da liderança do partido, após liderar a sigla por 25 anos. A decisão foi reconhecida pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia, ligado ao atual líder boliviano, Luis Arce.

Amigos viram inimigos

  • As rusgas entre as duas lideranças de esquerda começaram em 2021, por discordâncias quanto ao futuro do MAS, sigla que governa o país por quase duas décadas de forma interrupta. A hegemonia do partido foi quebrada entre 2019 e 2020, quando Jeanine Ãnez liderou a Bolívia após se autoproclamar presidente.
  • Atual presidente do país, Luis Arce chegou a ser ministro de Evo Morales, e recebeu o apoio do líder cocaleiro nas eleições presidenciais de 2020. Contudo, a relação entre os dois azedou de vez no ano ado, após discussões sobre o nome que devia disputar o próximo pleito.
  • Por não comparecer no evento que definiria o candidato do MAS, Arce foi expulso do partido até então liderado por Evo. Apesar disso, o racha interno que já existente fez com que a medida não tivesse um efeito prático, com o atual presidente mantendo atuação na sigla.

No fim de 2023, Evo foi impedido de concorrer as eleições de 2025, previstas para acontecer em agosto do próximo ano. A decisão foi do Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia (T), ao derrubar uma decisão da mesma Corte de 2017, que sob a istração do líder cocaleiro definiu a reeleição no país como um “direito humano”.

Tentativa de golpe, acusações de estupro e tiroteio

A relação entre Evo e Arce ganhou contornos mais dramáticos no início de 2024, com episódios envolvendo tentativa de golpe militar, bloqueio de estradas, suposta tentativa de assassinato e até mesmo ações judiciais sobre um suposto caso de abuso sexual de menor.

Em junho, o general Juan José Zúñiga colocou tropas e tanques nas ruas e anunciou um golpe militar no país. A ofensiva, no entanto, foi contida por Arce em questão de horas com a troca do comando das Forças Armadas da Bolívia.

Ao ser preso, o general Zúñiga disse que o atual chefe do Executivo queria armar um plano de golpe com o objetivo de aumentar sua popularidade visando as eleições do próximo ano. Mesmo com Arce negando as acusações, a retórica ecoou em alas ligadas a Evo, que ou a difundir a ideia de que o ex-aliado tentou aplicar um autogolpe com a ajuda das Forças Armadas.

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Manifestante arremessa gás lacrimogêneo em frente ao palácio presidencial na Plaza Murillo
Militares montam guarda com um caminhão blindado do lado de fora do palácio do governo na Plaza Murillo
Apoiadores do presidente boliviano Arce manifestam-se em apoio à democracia perto do palácio do governo durante uma tentativa de golpe
Polícia Militar caminha em meio a gás lacrimogêneo em frente ao palácio presidencial na Plaza Murillo
Militares montam guarda com um caminhão blindado do lado de fora do palácio do governo na Plaza Murillo
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Manifestante arremessa gás lacrimogêneo em frente ao palácio presidencial na Plaza Murillo

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Militares montam guarda com um caminhão blindado do lado de fora do palácio do governo na Plaza Murillo

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Apoiadores do presidente boliviano Arce manifestam-se em apoio à democracia perto do palácio do governo durante uma tentativa de golpe

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Polícia Militar caminha em meio a gás lacrimogêneo em frente ao palácio presidencial na Plaza Murillo

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Militares montam guarda com um caminhão blindado do lado de fora do palácio do governo na Plaza Murillo

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Oficiais militares reagem ao gás lacrimogêneo disparado do lado de fora do palácio presidencial na Plaza Murillo em 26 de junho de 2024 em La Paz, Bolívia

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Idosa empurra barricada ao redor do palácio do governo em apoio ao presidente Arce, em meio a uma tentativa de golpe

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Bolívia teve duas tentantivas de golpe de estado em 5 anos

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Apoiadores do presidente boliviano Arce buscam cobertura contra gás lacrimogêneo perto do palácio do governo durante uma tentativa de golpe

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Militares montam guarda com um caminhão blindado do lado de fora do palácio do governo na Plaza Murillo

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AP Photo/Juan Karita

Meses depois foi a vez de Arce acusar Evo de tentar dar um golpe de Estado na Bolívia, após uma marcha de manifestantes tomar conta de diversas regiões do país, que também enfrentou bloqueios em rodovias. Os protestos se concentraram na defesa do ex-presidente, visto por apoiadores como uma vítima de “perseguição judicial”, além de exercer pressão contra o atual governo.

Era um domingo quando a briga entre Evo e Arce ganhou um novo capítulo dramático, em 27 de outubro, após um veículo em que o líder cocaleiro estava ser alvo de tiros.

O ex-presidente da Bolívia rapidamente acusou militares e forças policiais, ligadas a Arce, de estarem por trás da suposta tentativa de assassinato no município de Shinahota. Ele ainda revelou que trocou tiros com as autoridades presentes na ação, que acusaram o ex-presidente de

Apesar de ainda mostrar poder em mobilizar as massas, a atenção de Evo se voltou para um problema com a Justiça revelado nos primeiros dias de outubro, quando uma investigação contra o ex-presidente por estupro de menor veio à tona. Segundo autoridades bolivianas, Evo teria cometido um suposto estupro de vulnerável em 2016 contra uma menina de 15 anos, com quem o ex-líder boliviano teve uma filha.

No episódio mais recente da crise entre os antigos aliados, a Justiça da Bolívia emitiu um novo pedido de prisão contra Evo por conta do caso. A ordem surgiu após o ex-presidente se negar a comparecer em compromissos judiciais ligados as acusações. 

Ao Metrópoles, analistas apontam que a disputa interna no MAS entre Evo e Arce tornaram o futuro da Bolívia uma incógnita, com os dois principais nomes da esquerda não alcançando unanimidade nem mesmo no espectro político ao qual pertencem.

“Existe um forte apelo social para que Evo Morales não concorra à presidência, mas eles também não estão satisfeitos com o governo de Luis Arce, muito por conta da situação econômica da Bolívia”, explica a analista Ana Lúcia Lacerda, do Observatório Político Sul-Americano da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Enquanto os ex-aliados travam uma batalha há anos, a população boliviana enfrenta uma crise econômica que fez subir a inflação no país, atingindo o índice anual de 5,5% em setembro do último ano, o maior nível registrado desde 2013.

 

 

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