Hamas adia libertação de reféns prevista para sábado (15/2)
Porta-voz do grupo, Abu Ubaida informou que foi monitorado nas últimas três semanas e que Israel não cumpriu termos do acordo de cessar-fogo
atualizado
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O Hamas anunciou, nesta segunda-feira (10/2), que a libertação de mais reféns israelenses, inicialmente prevista para sábado (15/2), será adiada até novo aviso, conforme comunicado de um porta-voz no Telegram.
O que está acontecendo
- A primeira das três fases do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas inclui a troca de reféns israelenses por presos palestinos.
- Segundo os termos iniciais, 33 reféns mantidos em Gaza pelo Hamas serão soltos neste estágio do cessar-fogo. Em troca, Israel deve libertar cerca de mil presos palestinos.
- Hamas chegou a informar que 183 palestinos serão libertados por Israel.
O porta-voz do grupo, Abu Ubaida, informou que foram monitoradas, nas últimas três semanas, “as violações do inimigo e seu não cumprimento dos termos do acordo”, referindo-se a Israel.
“Consequentemente, a entrega dos prisioneiros sionistas, que estava prevista para o próximo sábado, 15/2/2025, será adiada até novo aviso, até que a ocupação cumpra seus compromissos e compense os direitos das semanas anteriores de forma retroativa”, anunciou o porta-voz.
O Hamas também reafirmou o compromisso de manter os termos de acordo, “desde que a ocupação também os cumpra”.
Logo após o comunicado do grupo, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que a mensagem “sobre a interrupção da liberações dos reféns israelenses é uma violação completa do acordo de cessar-fogo e do pacto para a liberação dos reféns”.
“Dei a ordem ao Exército de Defesa de Israel (IDF) para se preparar no nível mais alto de prontidão para qualquer cenário possível em Gaza e para a defesa das comunidades”, declarou o ministro.
A última liberação realizada pelo Hamas ocorreu no sábado (8/2) e incluiu os reféns: Eliyahu Datsun, Yosef Sharabi, Or Auraham, Lisha Levi e Ohad Ben Ami.
Em comunicado, o Hamas informou que 183 palestinos detidos por Israel serão libertados de prisões comandadas pela istração de Benjamin Netanyahu.