Bolsas da Europa fecham mistas com inflação dentro do esperado
Segundo a Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a inflação na zona do euro no mês ado desacelerou para 2,2%
atualizado
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Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam sem direção única nesta quarta-feira (16/4), dia em que foram divulgados os dados de inflação ao consumidor na zona do euro referentes ao mês de março.
Segundo a Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a inflação na zona do euro no mês ado desacelerou para 2,2%, ante 2,3% registrados em fevereiro.
O resultado veio em linha com as estimativas do mercado financeiro. Na comparação mensal, a inflação foi de 0,6%, também dentro do esperado.
O que aconteceu
- Ao fim do pregão, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, recuou 0,19%, aos 507,08 pontos.
- Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 subiu 0,32%, aos 8,2 mil pontos.
- Em Paris, o CAC 40 registrou queda de 0,07%, aos 7,3 mil pontos, praticamente estável.
- O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou com ganhos de 0,27%, aos 21,3 mil pontos.
- Em Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 0,49%, aos 12,9 mil pontos.
Escalada da guerra comercial
Os investidores continuaram acompanhado os efeitos do tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos importados de mais de uma centena de países, tendo a China como maior alvo.
Nessa terça-feira (15/4), o site oficial da Casa Branca informou que as tarifas direcionadas aos produtos chineses, até então estipuladas em 145%, já teriam chegado a 245%.
Inicialmente, a informação não estava acompanhada por uma explicação sobre a eventual nova tarifa nem por dados a respeito do cálculo usado pelos EUA para definir a taxa.
Diante da confusão gerada pelo anúncio, a Casa Branca atualizou o texto horas depois, explicando como chegou aos 245% de tarifas sobre produtos chineses. Segundo o governo dos EUA, a taxa será aplicada sobre produtos específicos.
“A China enfrenta uma tarifa de até 245% sobre importações para os Estados Unidos como resultado de suas ações retaliatórias. Isso inclui uma tarifa recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para abordar a crise do fentanil e tarifas da Seção 301 sobre bens específicos, entre 7,5% e 100%”, informou a Casa Branca.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Li Jian, disse que o governo Trump deveria interromper o tarifaço imposto aos chineses e a mais de uma centena de países e desistir de “ameaças” e “chantagens” para que seja possível abrir um canal de diálogo entre Washington e Pequim.
“A China não quer uma briga, mas também não tem medo de uma”, afirmou Li Jian.
Ásia fechou em queda
Os principais índices das bolsas de valores da Ásia fecharam em queda nesta quarta, em resultado impactado diretamente pelo tombo sofrido pela Nvidia no mercado, que pressionou as ações de semicondutores locais.
Na véspera, a gigante de semicondutores informou ao mercado que projeta um encargo de até US$ 5,5 bilhões por causa das restrições anunciadas pelo governo Trump à exportação de chips de inteligência artificial para a China.
A decisão da Casa Branca derrubou outras empresas do setor de tecnologia na terça-feira. A queda da Nvidia foi de 6,3% no pós-mercado em Nova York – e os papéis operavam em baixa no pré-mercado desta quarta.