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Falso recorde: pico recente da Bolsa está distante de altas históricas

Análise mostra que, descontada a inflação e considerado o valor em dólares, novos patamares do Ibovespa estão longe das máximas do índice

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Imagem de reflexo de  da Bolsa de Valores do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Imagem de reflexo de da Bolsa de Valores do Brasil - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), bateu sucessivos recordes históricos nos últimos dias. No pregão desta quinta-feira (15/5), atingiu a marca de 139.334 pontos. Com isso, superou o patamar dos 138.940 pontos, outro nível inédito, que havia alcançado na terça-feira (13/5).

Visto desta forma, o resultado é excelente. Mas, segundo análise de Einar Rivero, sócio da consultoria Elos Ayta, tais marcas tornam-se bem menos impressionantes se “retirada a maquiagem da inflação ou se adotado o ponto de vista do investidor estrangeiro”.

De acordo com Rivero, o Ibovespa (considerada a marca de terça-feira) ainda está 27,6% abaixo do seu auge real, registrado em 20 de maio de 2008. Naquele dia, os 73 mil pontos de então, corrigidos pela inflação ao longo de 17 anos, equivalem a 191.858 pontos atuais.

“Ou seja, apesar da pontuação recorde, o investidor que aplica com foco em preservação de poder de compra ainda não recuperou o que tinha antes da crise global de 2008”, diz o técnico. “Isso considerando apenas o índice.”

Análise em dólares

Se a análise for feita sob a perspectiva de um investidor em dólar, a diferença é ainda mais gritante. O recorde histórico em dólares do Ibovespa ocorreu em 19 de maio de 2008, quando o índice valia o equivalente a 44.616 pontos em moeda americana.

“Na mesma data do novo recorde nominal (13 de maio de 2025), o Ibovespa em dólares está em 24.699 pontos, 44,6% abaixo do recorde de 2008”, afirma Rivero. “Isso mostra que, apesar de a Bolsa ter se recuperado de diversas crises, o câmbio e a inflação continuam sendo obstáculos para que o índice volte aos seus tempos de glória global.”

Trajetória positiva

A análise mostra ainda que, apesar de estar longe dos recordes reais e em dólar, o índice brasileiro teve uma trajetória relevante desde a pandemia. Em 23 de março de 2020, o Ibovespa tocou os 63.570 pontos — o pior momento desde 2009. Desde então, a alta nominal até maio de 2025 foi de 118,3%.

Em dólares, a recuperação desde aquele fundo de poço também é robusta: o índice saiu de 12.512 pontos para quase 24.700, uma valorização de 97,4%. Já considerando o ajuste pelo IPCA, a alta é de 60,6% desde a pandemia.

Por conta da diferença entre alta real e elevação nominal, Rivero destaca alguns pontos sobre os quais o investidor deve estar atento:

  • O recorde nominal é importante, mas não é sinônimo de prosperidade real.
  • A inflação, o câmbio e o juro real corroem parte do ganho aparente.
  • O investidor estrangeiro não se impressiona com máximas em reais — ele olha o retorno líquido em moeda forte.
  • Para o investidor local, crescimento real é o que importa, e ainda estamos longe dos melhores momentos do ado.

Para o analista, um dado muitas vezes negligenciado é a diferença entre o fundo do poço e o pico da Bolsa em valores reais. Em 23 de março de 2020, o Ibovespa ajustado pela inflação estava em 86.546 pontos. Hoje, aos 138.963, isso representa uma valorização real de 60,6% em pouco mais de cinco anos — um desempenho significativo, sobretudo considerando o contexto econômico e fiscal do período.

“Mas ainda falta cerca de 38% para que o índice retome, em termos reais, ao patamar de 2008”, acrescenta Rivero. “Isso é uma lembrança de que, no Brasil, a inflação é uma muralha silenciosa entre o lucro nominal e o ganho real.”

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