Caso Vitória: polícia refaz trajeto da vítima antes de desaparecer
Equipes da Polícia Civil fazem diligências e estão de prontidão para novos desdobramentos sobre a investigação da morte da jovem de 17 anos
atualizado
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São Paulo — A Polícia Civil está com equipes nas ruas de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, realizando novas diligências sobre o caso do assassinato de Vitória Regina dos Santos, de 17 anos. Vitória foi encontrada decapitada e com sinais de tortura, na área rural da cidade, na quarta-feira (5/3), uma semana depois de ter desaparecido.
Na tarde deste sábado (8/3), duas equipes do Grupo de Operações Especiais fizeram buscas em Ponunduva, um bairro de chácaras em Cajamar, próximo à casa da família da jovem.
Na região, foi localizada uma chácara onde a jovem supostamente teria sido mantida. O local está sendo rondado pelos policiais, mas não há evidências de seja de fato o local do cativeiro.
Trajeto da vítima
As equipes também estão refazendo o trajeto de Vitória antes de ela ter desaparecido. Algumas testemunhas estão sendo ouvidas, caso de um vizinho da família, que pode dar novas pistas para as investigações. A ideia é cruzar os depoimentos com informações obtidas nos celulares dos suspeitos.
Até agora, 20 pessoas já foram ouvidas. A Delegacia de Cajamar e a Seccional de Franco da Rocha, que apuram o caso, estão fechadas, mas mantêm equipes a postos para o surgimento de qualquer novidade.
Há a expectativa de que o plantão Judiciário possa expedir novos pedidos de prisão envolvendo o caso.
Nessa sexta-feira (7/3), foi feita perícia no carro de um suspeito. O carro do suspeito é um Corsa sedan branco. Durante a perícia, as equipes retiraram amostras de fios de cabelo e as colocaram em pequenas embalagens (veja abaixo). Um moletom rosa também foi apreendido.
Como foi o crime
- Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada decapitada e com sinais de tortura na tarde do dia 5 de março em uma área rural de Cajamar, na Grande São Paulo.
- Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
- Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição.
- A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
- Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público.
- Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
- Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo.
- Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
- Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção à sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Tá de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.
- Pelo menos sete pessoas são investigadas pelo crime.
- O delegado responsável pelo caso diz que “provavelmente foi crime de vingança”.
Enterro de Vitória
O corpo de Vitória foi enterrado no fim da tarde desta quinta-feira (6/3), no Cemitério Municipal de Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo.
O sepultamento foi acompanhado por dezenas de pessoas. Vitória foi velada no Ginásio Poliesportivo Lamartine de Paula Lima, também em Cajamar.
Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada morta na tarde do dia 5 de março, sete dias depois de ter desaparecido enquanto voltava para casa do trabalho.