Colégio Santa Cruz suspende 34 alunos acusados de bullying no WhatsApp
Grupo de alunos do colégio Santa Cruz praticava “trote” nos calouros. Instituição diz que está “tomando as medidas educacionais cabíveis”
atualizado
Compartilhar notícia

São Paulo — O Colégio Santa Cruz, um dos mais tradicionais da zona oeste de São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (30/1) a suspensão de 34 alunos que praticavam episódios de bullying em um grupo no WhatsApp.
A direção da instituição de ensino apura agora o nível de envolvimento de cada aluno nos atos de violência e intimidação. A suspensão de alguns alunos é por tempo indeterminado enquanto outros foram afastados por dois dias. Os nomes dos estudantes afastados, muitos deles menores de idade, não foram revelados.
Os detalhes do caso
- Alunos do segundo e terceiro ano praticavam uma espécie de “trote” nos calouros que entraram no ensino médio em 2025;
- Os estudantes foram colocados em um grupo de WhatsApp formado só por meninos;
- Nas mensagens, os alunos mais velhos pediam tarefas constrangedoras, como mandar vídeos de cueca ou apontarem qual menina da escola seria o “alvo deles”;
- As conversas no grupo também tinham manifestações racistas, homofóbicas e misóginas, inclusive com ameaças de estupro;
- Segundo relatos dos pais, alguns alunos mas novos eram forçados a ingerir bebidas alcoólicas;
- Eles também eram ameaçados caso manifestassem interesse de sair do grupo
Em nota, o colégio Santa Cruz disse “lamentar profundamente” o episódio e que repudia qualquer forma de violência.
A instituição de ensino afirmou ainda apurar os fatos e prometeu tomar as “medidas educacionais cabíveis”.
Confira a nota na íntegra
“Recebemos denúncias de agressões em grupo de WhatsApp envolvendo alunos do ensino médio do colégio.
Prontamente, iniciamos a apuração dos fatos e estamos tomando as medidas educacionais cabíveis e comunicando-as aos alunos e às famílias envolvidas.
O Colégio Santa Cruz, instituição pautada pelo respeito ao ser humano, repudia qualquer forma de violência e lamenta profundamente que tais atos tenham ocorrido entre estudantes da escola”.