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Estudante de medicina denuncia racismo em universidade privada de SP

Estudante diz que foi hostilizada por colegas após publicar vídeo sobre sua experiência como mulher negra e bolsista do curso de medicina

atualizado

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Imagem colorida mostra mulher de pele negra e cabelos longos trançados ao lado do rosto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra mulher de pele negra e cabelos longos trançados ao lado do rosto - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Instagram

São Paulo Uma mulher de 32 anos, aluna do primeiro período de medicina na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) do Guarujá, no litoral de São Paulo, registrou boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de racismo dentro do campus da instituição no último dia 18 de fevereiro.

O episódio ocorreu após Talita Araújo publicar vídeo em seu perfil nas redes sociais, no qual relatava a experiência como “mulher negra, periférica, mãe solo, trabalhadora” e agora bolsista pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em faculdade particular.

O relato trazia reflexão sobre a experiência em um espaço que ela diz ser elitizado. No vídeo, a universitária reflete sobre as dificuldades de conciliar uma faculdade em período integral com seu trabalho como técnica de enfermagem, trazendo também questões de cunho racial sobre sua sala, sem citar o nome da instituição ou mencionar alunos específicos. “Simplesmente foi o relato de uma pessoa negra estando em um contexto elitizado”, afirmou.

Depois da publicação, duas colegas de sala abordaram Talita individualmente “de forma agressiva”, dizendo que ela “deveria tomar cuidado com o que fala, pois isso poderia se voltar contra ela”.

“A gente sabe que isso pode acontecer todos os dias da nossa existência como pessoa negra. Mas, quando de fato acontece, ficamos sem reação”, disse a estudante de medicina.

Talita alega que as colegas interpretaram o vídeo de forma errônea. “Falaram que eu estava generalizando que todos ali iam para a faculdade sempre bem vestidos, esbanjando dinheiro. E isso não foi o que eu disse.”

A estudante afirma que, depois da abordagem da dupla, retornou para a sala e assistiu à aula normalmente. Ao ir embora, deparou-se com uma grande quantidade de pessoas no corredor, que queriam “tirar satisfação” sobre as falas dela no vídeo. A aglomeração era tamanha que Talita diz que não conseguia se deslocar. “Eu me pergunto: por qual motivo uma pessoa negra não pode falar sobre o racismo que ela mesma vivencia?”, pontuou.

A estudante afirma que foi questionada por uma das colegas de classe: “Ela disse ‘você queria que a gente viesse pra faculdade mal vestido? Que a gente pintasse nossa pele de preto">

Talita solicitou imagens de câmeras de segurança à direção da universidade.

Em uma reunião com o corpo docente da Unoeste, segundo Talita, a universidade justificou o episódio alegando que as duas estudantes que fizeram a abordagem agressiva são “jovens e imaturas”. “Pensei muitas vezes em desistir do curso, mas com apoio da minha família e dos meus amigos, com apoio de pessoas negras que buscam conquistar um espaço em uma sociedade racista, decidi seguir em frente e conquistar esse grande sonho de cursar medicina”, frisou.

A aluna também afirmou que a principal figura que encabeçou o motim contra ela era líder de classe. A advogada Jéssica Souza, que acompanha o caso, informou ao Metrópoles que, na terça-feira (25/2), a líder foi afastada da função. Ela disse que sua cliente teme que, por causa da denúncia, possa ser prejudicada dentro da instituição.

A estudante relata que, apesar de ter tido e emocional de alguns colegas de outros períodos e até de professores, a universidade não forneceu qualquer apoio psicológico — apesar de o serviço ser oferecido pela instituição.

Procurada pela reportagem, a Unoeste afirmou que está acompanhando o caso com atenção e responsabilidade, designando professores e psicólogos para apurar os fatos e prestando apoio e toda assistência necessária. Em relação às imagens que gravaram o episódio, a instituição pontuou que “necessita de análise em cumprimento à legislação aplicável”.

A reportagem obteve o regimento interno da Unoeste, em que consta que práticas como “bullying, agressão verbal e física, exclusão social, espalhar rumores que possam prejudicar a imagem da pessoa, manipulação e coerção” são vedadas aos alunos, implicando ato de indisciplina de natureza grave. “Isso por si só já caracteriza a situação que minha cliente enfrentou nas dependências da faculdade. Esses alunos devem ser punidos pelo que fizeram”, comentou a advogada.

 

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