Corregedoria vai investigar PM que deu soco em adolescente
Segundo a mãe da vítima, o PM que deu o soco não teria perguntado o nome ou onde o jovem morava. O caso é de Piracicaba, no interior de SP
atualizado
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São Paulo — A Polícia Militar (PM) instaurou, nessa terça-feira (15/4), um procedimento de apuração preliminar para investigar o agente que deu um soco em um adolescente de 17 anos em Piracicaba, no interior de São Paulo, no último sábado (12/4). A investigação, que foi iniciada após o 10º Batalhão de Polícia Militar do Interior ter recebido as imagens, “tem o objetivo de promover a rigorosa elucidação dos acontecimentos”.
“Todas as providências cabíveis estão sendo adotadas, com o firme propósito de assegurar a correta apuração dos fatos e de preservar a confiança da sociedade na atuação da Polícia Militar”, disse a corporação.
Por meio da Secretaria da Segurança Pública, a PM disse que a conduta dos agentes envolvidos não condiz com os protocolos operacionais da instituição. A pasta ressaltou que a instauração do procedimento para apurar os fatos e, se necessário, adotar as medidas legais e istrativas cabíveis.
PM dá soco em adolescente
Câmeras de segurança flagraram o momento em que um policial militar deu um soco na boca de um jovem de 17 anos (veja abaixo) na Avenida Rio das Pedras, em Piracicaba. A agressão aconteceu no sábado (12/4) por volta das 16h30.
Ao Metrópoles, a mãe da vítima explicou que o filho foi confundido com outro rapaz. “O policial nem sequer perguntou o nome dele, onde morava, nada”, contou. “Uma abordagem totalmente errada”, lamentou a mãe.
Veja o vídeo:
Segundo a mãe, o agente teria perguntado se o adolescente se lembrava dele. Ao dizer que não, o policial teria falado: “Como não? Se a gente invadiu sua casa semana ada”. O jovem respondeu que não era ele e, neste momento, foi atingido com um soco pelo PM.
O adolescente tem dois empregos. A mãe relembrou que, no dia do ocorrido, o filho havia saído do restaurante em que trabalha durante o período vespertino, foi para casa, tomou um banho e já saiu -atrasado- para iniciar seu turno na adega, onde trabalha à noite. Ele já havia visto a viatura na esquina enquanto estava chegando no estabelecimento. “Meu filho nunca fez nada de errado. Eu sempre ensinei o correto para ele, tanto que ele trabalha para ter o dinheiro dele honestamente”, falou.
Duas horas após o ocorrido, a mãe preencheu um boletim de ocorrência on-line.
