Bailarino de Jundiaí é contratado por companhia de balé da Rússia
Natural de Jundiaí, Arthur Libertini se mudou para ville para estudar balé na Escola Bolshoi. Agora, ele foi aprovado na Ópera de Kazan
atualizado
Compartilhar notícia

São Paulo — O dançarino Arthur Libertini, de 21 anos, conquistou um grande marco em sua carreira no balé: foi aprovado para dançar na companhia da Ópera de Kazan, na Rússia. Nascido em Jundiaí, no interior de São Paulo, o jovem era integrante da Cia. Jovem Bolshoi Brasil.
Em sua primeira viagem internacional, quando foi ao Kazan, capital da República do Tataristão, Arthur realizou uma audição fechada com o diretor da companhia russa. Lá, ele também se apresentou em um espetáculo e, durante as aulas e ensaios, foi avaliado pelo diretor.
No dia da apresentação, ele descobriu que havia sido contratado. O bailarino deve se mudar para Kazan no início de maio, para começar a nova etapa da carreira.
“Eu sempre tive um sonho muito claro: dançar na Rússia. Não por acaso, mas por amor ao balé clássico, às suas raízes, à tradição. Kazan era um nome que já brilhava nos meus olhos. Quando surgiu a oportunidade, eu agarrei. Sabia que haveria um espetáculo, mas nada estava garantido. Era como uma audição silenciosa — o diretor estaria lá, me vendo ao vivo, me observando em aula. Quando ele disse: ‘pode dançar’, foi como se um portal tivesse se aberto. E eu dancei. Trabalhei intensamente. Vivi o que, por muito tempo, parecia apenas um sonho distante”, contou Arthur ao Metrópoles.
O balé na vida de Arthur Libertini
Arthur sempre foi uma criança ativa e começou a frequentar aulas de dança de rua quando ainda era pequeno. Na escola de dança, teve seu primeiro contato com o balé e, aos poucos, se apaixonou pela modalidade.
O bailarino, então, colocou a Escola Bolshoi como uma meta, por ser um lugar que poderia ajudar a realizar seus sonhos. Ele sairia de Jundiaí e iria para ville (SC), para ingressar na companhia. Porém, um mês e meio antes da audição, quebrou o pé ao cair da cama.
O jovem participou da seleção mesmo assim, adaptando-se às limitações físicas. Com o pé quebrado e apenas 13 anos, ele foi aprovado na segunda série do curso técnico.
Nos 7 nos em que estudou na Escola Bolshoi, o bailarino contou com apoio de sua família, que não pôde se mudar com ele para ville. Em Santa Catarina, ele viveu com uma mãe social até 2023, quando se formou e foi contratado pela Cia. Jovem Bolshoi Brasil, onde ainda está, até a mudança para Kazan.