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Médica fingiu ser marido assassinado para movimentar contas da vítima

Psiquiatra e um de seus amantes foram presos suspeitos de ass marido da médica, que era sueco e teve o corpo jogado em represa de SP

atualizado

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Reprodução/Polícia Civil
Mulher à esquerda sorri, com menina no centro, e homem branco careca do outro lado - Metrópoles
1 de 1 Mulher à esquerda sorri, com menina no centro, e homem branco careca do outro lado - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo — A quebra dos sigilos telemáticos de celulares ajudaram a Polícia Civil a constatar que a psiquiatra Nathalia Cavalcanti Martins, de 40 anos, usou o aparelho do marido — assassinado em 11 de maio do ano ado — para movimentar as contas bancárias dele.

Como mostrado pelo Metrópoles, o assassinato do sueco Raoul Gerhard Josef Holmlund é atribuído à esposa e a um dos amantes dela, o comerciante Vanderlei Cardoso de Oliveira, de 47. Na segunda-feira (14/4), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tornou ambos réus.

Pelo fato de o estrangeiro não contar com parentes no Brasil e porque seus pais já estavam mortos, na Suécia, Nathalia acreditava que o desaparecimento do marido não seria percebido — como indicam as investigações da Polícia Civil.

O corpo dele foi localizado em 14 de maio do ano ado. Por estar sem documentos, o estrangeiro foi sepultado como indigente na ocasião.

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Sueco foi morto e corpo jogado em represa
Nathalia fez com que vítima registrasse filha dela como cidadã sueca
Médica matou marido com a ajuda de amante
Vanderlei Cardoso foi preso pelo crime
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Nathalia levou vítima ao local onde jogou corpo tempos depois

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Sueco foi morto e corpo jogado em represa

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Nathalia fez com que vítima registrasse filha dela como cidadã sueca

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Médica matou marido com a ajuda de amante

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Vanderlei Cardoso foi preso pelo crime

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Nathalia arquitetou tudo para, com a morte de Raoul, conseguir ter o ao dinheiro dele, criando álibis para movimentar valores, como o pagamento dos estudos da filha, cuja nacionalidade europeia havia sido garantida pela vítima pouco antes do assassinato.

A médica, como mostram as investigações, também usou o celular de Raoul para, por meio do aparelho, trocar mensagens com ela mesma, para criar a falsa sensação de que o sueco havia terminado o relacionamento e iniciado uma nova vida.

As análises dos celulares usados pela médica também mostram o histórico de pesquisas de notícias de encontros de corpos em rios, além de como movimentar dinheiro de pensões na Suécia.

Crime quase perfeito

O corpo da vítima foi encontrado submerso em uma represa de Nova Odessa, interior paulista, com marcas de violência, em 14 de maio do ano ado. O assassinato teria sido quase um crime perfeito caso os suspeitos não tivessem se esquecido de retirar a aliança de casamento do sueco, na qual estava grafado o nome Nathalia.

Investigação da Polícia Civil, obtida pelo Metrópoles, indica que a médica e Raoul se casaram em 11 de junho de 2018. Eles já se conheciam há algum tempo, mas não especificado.

Ela mudou-se para a Suécia em outubro de 2021. Desde então, o casal ia e voltava da Europa para o Brasil, até janeiro de 2024 – mês em que Raoul foi à Suécia para vender um apartamento. Com o dinheiro, pretendia custear uma residência. Ele morou por um tempo com a esposa no interior paulista, pouco antes do assassinato.

Ambos mantinham uma rotina de um casal aparentemente normal, destacando-se o fato de Raoul ser uma pessoa caseira. Mensagens enviadas por Nathalia, extraídas de seus celulares, no entanto, descortinaram bastidores de traição e frieza, como mostram relatórios policiais.

Marido e amante

A investigação evidencia que a agora ré, formada médica com a ajuda da vítima, ava muitos períodos sem a presença do marido — quando ele estava na Europa —  traindo-o com mais de um amante, entre eles Vanderlei Cardoso.

Ela, inclusive, promovia encontros entre os dois homens, incentivando o marido para que fosse “amigo” do amante, para Raoul ar a confiar em Vanderlei. Nathalia, antes do crime, chegou a promover um churrasco, com a presença dos dois homens, às margens da represa onde o corpo de Raoul foi submerso.

“Impunidade”

Acostumada a se relacionar de forma livre com mais de um homem, de acordo com a polícia, Nathalia teria se sentido sufocada com a chegada do marido, além de se sentir financeiramente cerceada — pelo fato de ele controlar os gastos dela. Essa seria uma das principais motivações para o crime, de acordo com a investigação.

Denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), obtida pelo Metrópoles, mostra que Nathalia afirmou ao marido, em abril de 2023, que gostaria de se separar dele.

“Já arquitetando o plano homicida, após manifestar a dita intenção, a denunciada fez uma gravação no seu próprio aparelho celular sobre o planejamento na execução de Raoul”, destaca a Promotoria.

No registro de áudio, ela fala sobre organizar senhas de o às contas bancárias da vítima, acrescentando não contar ainda com detalhes sobre a venda do apartamento na Suécia. Ela, também, reforçou que “seria mais vantajoso” matar Raoul no Brasil, usando como argumento a “impunidade” que “vigora no país”, além de especular onde deixaria o corpo. Até uma geladeira foi cogitado para isso.

Manipulação

Percebendo a necessidade de obter mais informações sobre os investimentos e a venda do apartamento europeu do marido, Nathalia expressou o desejo de reatar o relacionamento, três meses após anunciar que queria se separar. Ela enviou uma mensagem para Raoul, em inglês, quando ele estava na Suécia.

“Te amo, meu marido, e sempre vou te amar. Isso nunca vai mudar. A vida não é completa sem você.”

Dias depois, Nathalia mandou outra mensagem, pedindo ajuda financeira, colocando-se em uma suposta posição de submissão. “Meu cérebro foi construído para cuidar de casa e fazer coisas simples […] Eu preciso de você para me guiar e dizer o que tenha que fazer sobre minha vida financeira.”

Convencido pela esposa, com a qual ou o Natal de 2023 no Brasil, Raoul voltou para a Suécia, em janeiro de 2024, com o intuito de vender o apartamento. Com Raoul ainda na Europa, Nathalia pediu para que ele reconhecesse a filha dela — fruto de outro relacionamento — como filha dele também.

O argumento seria que, com nacionalidade sueca, a jovem teria mais facilidade para conseguir vistos para estudar no exterior. O pedido foi acatado pela vítima.

Retorno fatal

Raoul retornou para o Brasil, em abril do ano ado, com o intuito de reatar a relação com Nathalia. Em menos de um mês, a médica começou a se distanciar dele. “Era o plano homicida, em vias de se concretizar”, afirma o MPSP.

Por causa do distanciamento, o estrangeiro comentou com a enteada que não iria mais custear os estudos dela em uma faculdade, porque pretendia terminar definitivamente o casamento.

Raoul, porém, não teve tempo. Em 11 de maio de 2024, ele foi morto com pancadas na cabeça e facadas no tórax. O corpo dele foi jogado na represa de Coden, na altura do número 1659 da Avenida Rodolfo Kivitz, em Nova Odessa.

Para afundar o cadáver, Nathalia e o amante, de acordo com a Promotoria, envolveram-no com uma rede, na qual incluíram pedras e bobinas de motor — idênticas a outras encontradas na casa de Vanderlei.

Raoul não contava com parentes no Brasil e seus pais já haviam morrido na Suécia, o que dificultaria sua identificação. Graças à aliança de casamento, porém, a Polícia Civil paulista frustrou os planos dos criminosos, com o apoio da Polícia Federal.

A defesa de Vanderlei e Nathalia não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

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