MPSP pede aumento de pena para flamenguista que matou torcedora
A informação foi confirmada pelo MPSP nesta quarta-feira (28/5). O flamenguista foi condenado a 14 anos pela morte da palmeirense Gabriela
atualizado
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu o aumento da pena imposta ao flamenguista Jonathan Messias Santos da Silva pela morte da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli, de 23 anos, ocorrida em 2023. Ele foi condenado a 14 anos de prisão no último dia 20 de maio.
A jovem morreu no dia 10 julho, dois dias depois de ter sido atingida por estilhaços de uma garrafa arremessada por Jonathan, pouco antes de um jogo entre Palmeiras e Flamengo, no Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo.
Jonathan foi julgado por júri popular iniciado na última segunda-feira (19/5). Ele estava preso temporariamente e, a partir de agora, cumprirá a pena em regime inicial fechado. O flamenguista não poderá recorrer em liberdade.
Na decisão, a juíza que presidiu o julgamento, Isadora Botti Beraldo Moro, afirmou que a confissão de Jonathan deveria servir como atenuante. “No caso, o réu confessa a parte principal dos fatos, ou seja, que arremessou a referida garrafa”, destacou a magistrada.
“O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria do crime, bem como as qualificadoras de motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que impediu a defesa da vítima”, diz texto do tribunal sobre a decisão da condenação.
Segundo a delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o flamenguista foi identificado a partir do cruzamento entre os vídeos feitos por outros torcedores e o sistema de reconhecimento facial do estádio do Palmeiras.
A investigação aponta que a vítima estava envolvida na briga de torcida. A jovem, integrante da Mancha alvi Verde, e um grupo de torcedores do Palmeiras teriam entrado no espaço designado à torcida do Flamengo momentos antes de as garrafas serem arremessadas, dos dois lados.
Flamenguista preso
- Servidor concursado, Jonathan atuava como professor e diretor-adjunto da Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.
- À época da prisão, em julho de 2023, a advogada Caroline Dias, que representa o flamenguista, afirmou que Jonathan “não é um baderneiro”. “É um homem de família e vai ao estádio desde novo com o irmão. Isso foi uma fatalidade”, disse.
- Jonathan Messias Santos da Silva usava uma blusa cinza durante a briga na qual a vítima foi ferida.
- As investigações apontaram que Jonathan, “na tentativa de não ser identificado”, trocou a blusa, no momento do arremesso da garrafa, “por uma camiseta do time Flamengo, de cor predominantemente branca”.