Tumulto no Corinthians teve porta quebrada, ameaças e cárcere privado
Confusão entre torcedores ocorreu após presidente do conselho deliberativo devolver o afastado Augusto Melo à presidência do Corinthians
atualizado
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O tumulto na sala da presidência do Corinthians na noite desse sábado (31/5), no Parque São Jorge, zona leste de São Paulo, por causa da disputa pelo comando do clube, teve porta quebrada e denúncias de ameaça e cárcere privado, entre outros crimes. Policiais civis e militares foram chamados até o local para conter os ânimos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais civis da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) e agentes do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), além de policiais militares, foram chamados por volta das 19h para conter a confusão que tomou conta da sede do Corinthians.
A polícia diz que o tumulto começou após um grupo de torcedores tentar destituir o presidente do clube, Augusto Melo. Na noite desse sábado, o ex-presidente da Gaviões da Fiel e liderança histórica da torcida Douglas Deungaro convocou torcedores a tomarem as dependências do clube.
“Convoco a massa. Vamos tomar o clube, que é de todo mundo. Vou dormir aqui, porque nós não itimos esses caras brigarem por esse tipo de política, do poder pelo poder, e não se preocupam com o Corinthians”, disse o torcedor, em vídeo divulgado nas redes sociais.
“Durante a discussão, que ocorreu na sala da presidência, uma das portas foi danificada. Os envolvidos foram levados à delegacia especializada, onde o caso foi registrado como de ameaça, injúria, constrangimento ilegal, promoção de tumulto, incitação à violência, cárcere privado e denunciação caluniosa. Todos foram orientados quanto ao prazo legal para representação criminal”, afirma a SSP, em nota.
Além dos policiais civis do Drade e do Garra, também foi acionado o pelotão noturno do Batalhão de Choque que, ao chegar ao local, encontrou a situação menos tensa do que momentos antes.
Tumulto no clube
A irritação de torcedores se deu após a decisão de Maria Angela de Souza Ocampos, que assumiu o comando do Conselho Deliberativo, de devolver Augusto Melo à presidência do Corinthians — ele estava afastado havia uma semana, em meio a um processo de impeachment.
A declaração da aliada de Melo se baseia em decisão do conselho, do último dia 9 de abril, que teria afastado Romeu Tuma da presidência. A resolução, no entanto, só foi oficializada nessa sexta-feira (30/5), em ofício enviado pelo conselheiro e relator do caso, Mário Mello.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Roberson de Medeiros, está em licença médica, o que abriu espaço para que Maria Angela se autoproclamasse a nova presidente do órgão.