Xepa tucana: fim iminente do PSDB abre disputa por cargos na Alesp
Partidos já disputam cargos do PSDB na Alesp, em especial na 2ª Secretaria da Mesa Diretora, em meio a discussões sobre fim da sigla tucana
atualizado
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São Paulo – A incorporação do PSDB a outro partido, que segue em negociação pela cúpula tucana, já levou as bancadas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a disputarem os cargos e responsabilidades que atualmente pertencem à sigla.
A Alesp é vista como o último grande reduto tucano em São Paulo, estado onde o partido surgiu e o qual governou por quase 30 anos. A federação com o Cidadania faz do PSDB a 3ª maior bancada da Casa, com 12 deputados, sendo 9 deles tucanos.
O Metrópoles apurou que internamente os deputados já se questionam como ficará o acordo que garante a 2ª Secretaria da Mesa Diretora ao PSDB quando o partido selar seu destino.
Há um consenso em torno da indicação do tucano Barros Munhoz para ocupar a 2ª Secretaria, que atualmente pertence ao também tucano Rogério Nogueira, na eleição marcada para o dia 15 de março.
Com o fim do PSDB, seja por meio de fusão ou incorporação, União Brasil, PSD e PP negociam, nos bastidores, dividir entre eles os 40 cargos que a secretaria tem o direito de indicar – um grande chamariz para os partidos. Já a titularidade ficaria com Munhoz, independentemente do partido em que estiver.
PSDB na Alesp
Na Alesp, há um acordo para que a distribuição de cargos na Mesa Diretora respeite o tamanho proporcional das bancadas. Com isso, a presidência fica com o PL, com 19 deputados, e a 1ª Secretaria com o PT, que tem 19 parlamentares na federação com o PCdoB.
Cabe à 2ª Secretária indicar 40 cargos, fiscalizar a folha de frequência dos parlamentares, cuidar dos livros de inscrição dos oradores no plenário e negociar os contratos de locação dos veículos da Alesp.
O posto é visto como mais vantajoso do que a vice-presidência, por exemplo, especialmente pela quantidade de cargos que o partido tem à disposição, além de um gabinete próprio e toda a estrutura disponível, como a disponibilidade de carros e o a contratos.
Enquanto a reeleição do deputado André do Prado (PL) à presidência é dada como certa por deputados governistas e de oposição, o PT ainda discute internamente quem indicará para a 1ª secretaria na próxima eleição da Mesa.