Pesquisa aponta cansaço como sintoma mais comum do hipotireoidismo
Pesquisa feita com médicos traz os fatores de risco mais comuns e evidencia o desconhecimento da doença, que afeta 8% a 12% dos brasileiros
atualizado
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O hipotireoidismo é a doença da tireoide mais comum: segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ela afeta de 8% a 12% dos brasileiros, principalmente mulheres e idosos. A condição acontece quando a glândula produz os hormônios tiroidianos (T4 e T3) em quantidade insuficiente, comprometendo o funcionamento do organismo.
De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de cuidados para a saúde Abbott, o principal sintoma de hipotireoidismo na população brasileira é o cansaço (89%), seguido de sonolência (82%), ganho de peso (82%) e queda de cabelo (72%). Porém, cerca de 59% dos pacientes não chega a sentir qualquer sinal da falta dos hormônios T4 e T3 e é considerado assintomático.
O levantamento entrevistou 300 endocrinologistas, cardiologistas, ginecologistas, clínicos gerais e pediatras para chegar às principais manifestações da doença no brasileiro, e foi realizado entre 1º/2 e 11/2 deste ano pela empresa especializada em pesquisas Inception.
Entre os fatores de risco mais frequentemente associados ao hipotireoidismo, os especialistas apontaram a obesidade (84%), dislipidemia (alteração nas gorduras do sangue, 74%), hipertensão (67%) e diabetes (61%).
Outro achado importante da pesquisa foi que os pacientes demoram cerca de seis meses para buscar ajuda médica após o início dos sintomas. Na percepção dos especialistas, isso se deve ao desconhecimento das pessoas sobre os sintomas da doença, além do fato da maioria dos pacientes ser assintomático.
Além dos sintomas mais comuns, outras manifestações da doença são dores de cabeça, músculos e articulações, menstruação irregular, unhas frágeis e quebradiças, pele seca e áspera, inchaço das pálpebras, batimentos cardíacos lentos, memória fraca, diminuição da libido e dificuldade de concentração.
Quando a doença é confirmada, os médicos reforçam a importância de tomar o medicamento em jejum — esta foi a principal dificuldade citada pelos pacientes para aderirem ao tratamento. O remédio é melhor absorvido em ambientes ácidos, como o estômago quando não está digerindo nenhum alimento.
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