1 de 1 pessoa fazendo teste de glicose
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A tirzepatida vem ganhando destaque por auxiliar no controle da diabetes e reduzir em até 20% do peso de pessoas com sobrepeso ou obesidade. Na semana ada, o medicamento conhecido comercialmente como Mounjaro, que utiliza a substância ativa tirzepatida, foi aprovado pela agência regulatória de saúde do Reino Unido, órgão equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.
O Mounjaro foi desenvolvido para pacientes com quadro descontrolado de diabetes tipo 2. Em ensaios clínicos, ficou comprovado que ele melhora o metabolismo, reduz o apetite e ajuda a controlar o açúcar no sangue. O medicamento promete ter maior eficácia do que o Ozempic, com a substância ativa semaglutida, que também foi criado para controlar a diabetes.
Apesar de ter sido formulada para redução do açúcar no sangue, a tirzepatida tem sido apontada como uma nova promessa no combate à obesidade. O remédio já é autorizado para o tratamento contra diabetes e obesidade nos Estados Unidos. Na Inglaterra e no País de Gales, a previsão é de que esteja disponível nas farmácias em abril de 2023.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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Como funciona a tirzepatida
O Mounjaro, que contém tirzepatida, é uma caneta injetável criada para tratar a diabetes tipo 2. Ele imita a ação de saciedade produzida pelos hormônios GIP e GLP-1, que são liberados quando comemos.
“O GIP e GLP-1 dizem ao pâncreas para liberar insulina e desencadeiam o sentimento de saciedade. Esses hormônios nos ajudam a digerir os alimentos corretamente e mantêm o açúcar no sangue estável. Como a tirzepatida imita o que GIP e GLP-1 fazem naturalmente no organismo, ela promove a sensação de saciedade e a perda de peso”, aponta Bruno Babetto, médico endocrinologista especialista em metabologia.
Autorização no Brasil
A tirzepatida não é autorizada para utilização no Brasil para nenhuma condição. Em resposta ao Metrópoles, a Anvisa informou que há um pedido em análise que está dentro do prazo de avaliação do órgão.
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