Médica aponta o que comer para proteger o cérebro e turbinar a memória
Alguns alimentos atuam na proteção dos neurônios e no combate a processos inflamatórios que afetam o cérebro; confira quais são eles
atualizado
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Muito além de manter o corpo em equilíbrio, a alimentação também pode ser uma forte aliada da mente. Em entrevista ao Metrópoles, a neurologista Vanessa Gil destaca a importância de dois alimentos específicos na saúde cognitiva: peixes ricos em ômega-3 (como salmão e sardinha) e frutas vermelhas (como morango, mirtilo e amora).
“Esses alimentos contribuem diretamente para a formação de neurotransmissores, proteção dos neurônios e combate a processos inflamatórios que afetam o cérebro”, afirma a médica.
Segundo a neurologista, o bom funcionamento cerebral depende de três pilares fundamentais:
- Nutrientes essenciais, como vitaminas do complexo B e ácidos graxos;
- Controle de inflamações crônicas, que prejudicam a comunicação entre os neurônios;
- Redução do estresse oxidativo, que danifica as células cerebrais com o tempo.
Peixes como salmão e sardinha são fontes de gordura boa, fundamental para a manutenção das membranas celulares dos neurônios. Já as frutas vermelhas são ricas em antioxidantes naturais que atuam como protetores do cérebro contra o envelhecimento precoce e problemas de memória.

Esses alimentos podem (e devem) fazer parte da dieta desde a infância até a terceira idade:
- Na infância: auxiliam no desenvolvimento cerebral e na formação de estruturas neurais.
- Na vida adulta: melhoram o desempenho cognitivo e ajudam na prevenção de doenças neurológicas.
- Na terceira idade: protegem contra declínios cognitivos, demências e fortalecem os músculos, que também influenciam a saúde neurológica.
E quem tem restrições alimentares?
Segundo Vanessa Gil, sempre é possível adaptar. Para quem não consome peixe, por exemplo, sementes de chia, linhaça ou suplementos à base de microalgas são boas fontes alternativas de ômega-3. Já quem é alérgico a frutas específicas pode variar entre as frutas vermelhas ou buscar outros antioxidantes em alimentos como uvas roxas, maçãs e vegetais escuros.
“O importante é entender que os nutrientes são substituíveis, desde que haja acompanhamento profissional e equilíbrio nas escolhas.”

A saúde mental também agradece. De acordo com a profissional, estudos mostram que nutrientes como o ômega-3 e os antioxidantes naturais têm efeitos positivos no humor, na redução de quadros leves de ansiedade e na prevenção da depressão.
“Uma dieta balanceada regula os neurotransmissores e melhora a resposta do organismo ao estresse, contribuindo para o bem-estar emocional”, reforça a neurologista.
Evite os “vilões” da mente
Vanessa alerta que, além de adicionar alimentos bons, é essencial evitar os ultraprocessados, que contêm açúcar refinado, gordura trans e sódio em excesso. Esses ingredientes promovem inflamações sistêmicas e instabilidade nos níveis de glicose, prejudicando diretamente o funcionamento cerebral.