Cresce o interesse dos brasileiros por moda e consumo sustentável
Empresas e clientes do mercado fashionista têm optado pela conscientização ambiental
atualizado
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A indústria da moda quadruplicou durante a última década no Brasil. Por um lado, isso resultou em mais empregos, opções e gente com conteúdo entrando no mercado. Por outro, o segmento fashionista é o segundo mais poluente – ficando atrás apenas do setor petrolífero.
Pensando na questão ambiental, empresas antigas estão modificando suas formas de produzir, e novas marcas surgem promovendo o consumo sustentável. Tudo isso é impulsionado pelos clientes que cobram uma maior preocupação com o meio ambiente e sentem a necessidade de adotar comportamentos menos consumistas.A verdade é: o comprador de hoje quer saber a origem do produto que está levando para casa. E não é só isso. O local onde a roupa foi fabricada e as relações de trabalho envolvidas nesse processo também são importantes.
Marco Lobo, coordenador de Design do Senai Cetiqt – principal centro formador de mão de obra para a cadeia têxtil e de confecção do país –, comenta sobre como isso projeta o Brasil no exterior.
“Temos uma riqueza cultural incrível em termos de fibras e novos materiais. Em nossos laboratórios, trabalhamos para testar a aplicabilidade desses recursos. O país já está sendo apontado como polo de produtos inteligentes, simples e verdes. Esse é o gancho para a indústria perceber que a conscientização vende”, diz.
A sustentabilidade vem se tornando uma grande ferramenta no aumento das vendas, não só pelas vantagens trazidas para a sociedade, mas pelo valor agregado ao produto. O maior empecilho a essa tendência é a percepção de que ela é cara – ideia de consumidores mais tradicionais.
“Brasileiros, em geral, percebem a necessidade, a questão do verde, do sustentável, mas, muitas vezes, não querem pagar por essa diferença. A melhor forma de sensibilizar esse consumidor é fazê-lo enxergar como o consumo inconsciente afeta a sua vida e o seu entorno. É fazê-lo se sentir incluído no processo, entendendo que ele vai, efetivamente, ajudar outras pessoas e ver mudanças ao seu redor. Um exemplo disso é quando uma marca ajuda uma comunidade inteira, treinando e recrutando moradores para trabalharem na produção de suas peças”, explica Marco.
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