Entenda polêmicas do musical de Wicked em SP após cantoria do público
Musical que inspirou o filme indicado ao Oscar, Wicked estreou em São Paulo no dia 20 de março e fica em cartaz até 8 de julho
atualizado
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Entre casos de cantoria excessiva, denúncia de transfobia e críticas do próprio elenco a ações da plateia, a montagem brasileira do musical Wicked virou tema de várias polêmicas nas redes sociais. A peça, que estreou em São Paulo no dia 20 de março, conta com Myra Ruiz e Fabi Bang nos papéis de Elphaba e Glinda, respectivamente, e ficará em cartaz até 8 de julho.
A peça brasileira é uma adaptação da peça da Broadway que inspirou o filme indicado ao Oscar. Com o sucesso do filme, muitos fãs foram à estreia do musical e cantaram “excessivamente” durante a performance de Desafiando a Gravidade.
A situação provocou uma série de comentários nas redes sociais e pessoas que viram os vídeos que viralizaram destacaram a conduta como “inaceitável” e “inconveniente”. Após a repercussão, o próprio perfil do musical fez uma nota oficial sobre o assunto, destacando que a situação ocorreu apenas no dia da estreia e não voltou a se repetir nas demais apresentações.
Uma das táticas usadas para evitar esse problema foi a inclusão de um aviso antes do espetáculo começar. “Queridos espectadores, durante a apresentação, por favor, guardem suas reações e aplausos para o final dos números musicais, mantendo o silêncio ao longo da performance. Vamos juntos dar a oportunidade de Wicked encantar mais pessoas e conquistar novos corações por meio de sua história”, diz o alerta, segundo o comunicado.
Críticas de atriz
Após a cantoria do público nas apresentações, Myra Ruiz, que interpreta Elphaba, usou as redes sociais na quarta-feira (26/3) para desabafar sobre o assunto.
Segundo a atriz, se o caso envolvesse apenas pessoas gritando, ou um grupo de pessoas, ela estaria mais tranquila, sabendo que isso aria com o tempo.
“Mas não é bem isso que acontece. E o que sinto que está acontecendo agora é uma coisa muito forte, que tem acontecido nas redes sociais. Porque se fosse só gritaria, eu estaria falando: “ah, calma, vai ar”. Mas é isso junto com uma quantidade de celular absurda na plateia. E isso que me incomoda muito pessoalmente”, pontuou.
Em live, Myra Ruiz também se manifestou sobre o grande número de pessoas filmando a peça e postando nas redes sociais, como o TikTok. Ela expressou seu descontentamento com a situação. Assista:
“A quantidade absurda de celular [filmando] na plateia, isso me incomoda muito…” pic.twitter.com/URef3YFhUq
— WICKED BRASIL (@wickedmusicalbr) March 26, 2025
Denúncia de transfobia
Na noite de quarta-feira (26/3), a influenciadora Malévola sofreu transfobia após comparecer a sessão do musical. O caso foi registrado por pessoas que estavam no local e viralizou nas redes sociais.
Uma mulher que estava na plateia teria chamado a influenciadora de homem e foi vaiada pelos presentes, até que deixou o local. O começo da peça atrasou 18 minutos após a situação e o caso foi denunciado à polícia.
Após a situação, a produção do musical no Brasil se manifestou nas redes sociais e repudiou qualquer forma de transfobia e LGBTQIAPN+fobia e reafirmou o compromisso com a inclusão, o respeito e a diversidade.
“A história de Wicked celebra a aceitação das diferenças e a luta contra preconceitos, valores que também defendemos fora dos palcos. Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual. Acreditamos que o teatro deva ser um ambiente de acolhimento e representatividade e não toleramos qualquer discriminação em nenhuma de suas formas”, finalizaram eles em nota.