Após ser solto, Cristian Cravinhos terá que seguir regras; saiba quais
Condenado pela morte do casal Richthofen, Cravinhos cumprirá o restante da pena em regime aberto; ele estava em Tremembé, em São Paulo
atualizado
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Cristian Cravinhos, condenado pela morte do casal Richthofen, foi solto na noite de quarta-feira (5/4), após ser autorizado a cumprir o restante da pena fora da cadeia. Na decisão, no entanto, a juíza estabeleceu que ele deverá seguir uma série de regras para poder permanecer em regime aberto.
A decisão da Justiça atende o pedido da defesa de Cristian feito em fevereiro deste ano.
Quais são as regras?
- Comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais (VEC) ou à Central de Atenção ao Egresso e Família (CAEF) para informar sobre suas atividades;
- Obter uma ocupação (trabalho) legalizado, devendo ser comprovada à VEC ou À CAEF;
- Sair para o trabalho às 6h da manhã e retornar a residência até às 22h, tanto nos dias úteis quanto nos feriados e fim de semanas (exceções deverão ser autorizadas pelo juiz);
- Não mudar de Comarca sem autorização do juiz;
- Não mudar de endereço sem autorização do magistrado;
- Não frequentar bares, casas de jogo e outro locais considerados incompatíveis com o benefício.
A pena de Cristian Cravinhos
Cristian Cravinhos cumpre uma condenação de 38 anos de prisão pelo envolvimento nas mortes de Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Daniel, irmão de Cristian, e Suzane von Richthofen, filha do casal, também foram condenados pelo crime. Os dois cumprem pena em regime aberto.
Cristian conseguiu direito ao mesmo benefício em 2017, mas voltou ao regime fechado no ano seguinte por corrupção ativa.
Na ocasião, ele estava fora de casa e em horário irregular quando foi capturado por policiais. O réu ofereceu R$ 1 mil aos agentes para evitar ser levado à delegacia. A tentativa de suborno resultou em seu retorno imediato para a penitenciária e no acréscimo de mais quatro anos em sua pena, totalizando 42 anos de reclusão.
Ele estava preso na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo. O local é conhecido como o “presídio dos famosos”.