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Boné: como o adereço esportivo virou símbolo da polarização política

Além do sucesso do boné Make America Great Again nos EUA, o ório foi motivo de farpas entre políticos brasileiros nos últimos dias

atualizado

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Anna Barclay/Getty Images
Boné vermelho Make America Great Again, em apoio a Donald Trump - Metrópoles
1 de 1 Boné vermelho Make America Great Again, em apoio a Donald Trump - Metrópoles - Foto: Anna Barclay/Getty Images

Considerados um grito de guerra da direita norte-americana, os bonés vermelhos com a frase “Make America Great Again”, slogan de Donald Trump, voltaram aos holofotes com o segundo mandato do empresário na presidência dos Estados Unidos. No Brasil, recentemente, o ório esportivo também foi usado por autoridades para expressar suas ideologias, reforçando a utilização da peça como novo símbolo da polarização política.

Vem entender o contexto:

  • Com origem no século 19, a partir do beisebol, os bonés se popularizaram como ório casual no século seguinte, adotado por figuras da cultura pop e do hip hop, além de ser usado pelas marcas como um marketing orgânico, graças a logos bordadas. Ganharam espaço, inclusive, em campanhas políticas.
  • Há anos, desde a primeira campanha à presidência estadunidense, os bonés com a frase Make America Great Again, ou “Faça a América grande de novo”, são usados por apoiadores de Donald Trump.
  • No Brasil, um exemplo de uso político dos bonés são os modelos vermelhos com o símbolo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em apoio às reivindicações do MST.
  • Na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, o então candidato Pablo Marçal apostou em uma versão em azul-marinho, com uma letra M na mesma cor, contornada de branco.
  • Recentemente, o ório de origem esportiva – agora, também, um item que simboliza a polarização política – voltou aos holofotes com a chamada “guerra dos bonés”, durante a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado.
Bonés de Lula e Bolsonaro para as eleições de 2022 - Metrópoles
Usados há anos em campanhas, os bonés ganharam ainda mais evidência na discussão política recentemente

Frase dos apoiadores de Trump

A frase Faça a América Grande Novamente, em inglês, foi slogan da campanha de Donald Trump – que detém os direitos comerciais sobre a expressão – em 2016 para o primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos. A peça aparecia em bonés, principalmente, na cor vermelha, do Partido Republicano dos EUA.

Anteriormente, Ronald Reagan utilizava o slogan para a campanha presidencial de 1980. Trump, de acordo com o Washington Post, teve a ideia de usar a frase em meados de 2012. Segundo o genro do atual presidente dos EUA, a venda dos bonés chegou a arrecadar US$ 80 mil por dia em 2016, cobrindo quase totalmente os custos diários indiretos da campanha.

Boné vermelho Make America Great Again, em apoio a Donald Trump - Metrópoles
Donald Trump com os famosos bonés MAGA, em 2023

A expressão voltou a ganhar evidência com as comemorações do retorno de Trump à presidência para a eleição de 2024, na qual saiu vitorioso. Somente entre janeiro e outubro do ano ado, mais de 1,2 milhão de bonés foram vendidos, conforme disseram autoridades ao jornal The Independent.

Boné vermelho Make America Great Again, em apoio a Donald Trump - Metrópoles
Um apoiador do atual presidente norte-americano carregando um boné MAGA no dia da posse, em janeiro deste ano

“Guerra dos Bonés”

No início do mês, em 1º de fevereiro, bonés com a frase “O Brasil é dos Brasileiros” foram usados por ministros do governo com cargos no Congresso, que se licenciaram para participar da votação para os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

A frase foi ideia de Sidônio Palmeira, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). Ela decorou os exemplares encomendados pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que decidiu confeccioná-los após um homem em São Paulo ficar incomodado com políticos brasileiros usando a versão em apoio a Trump; entre eles, Jair Bolsonaro.

A “guerra dos bonés” tomou o Congresso Nacional no início do mês

Em resposta, no dia 3, deputados da oposição com adotaram opções bordadas com “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”. Complementando a chamada “guerra dos bonés”, parlamentares contrários ao governo atual posaram – usando o ório – para fotos com pacotes de café e picanha em mãos, com rótulos que traziam as frases “Nem picanha, nem café” ou a expressão “Picanha Black”. As expressões ironizam promessas de campanha de Lula.

Reposta de parlamentares da oposição, com bonés nas cores verde e amarelo, e pacotes de café e carne, ironizando promessas de campanha de Lula

Já em 4 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um boné azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, e também atualizou, posteriormente, os perfis oficiais nas redes sociais com o ório, em uma variação na cor branca. Em 2010, vale destacar, a frase havia sido usada por José Serra em campanhas eleitorais na disputa presidencial contra Dilma Rousseff.

Lula com boné "O Brasil é dos brasileiros" - Metrópoles
Lula, em vídeo, usando o boné azul decorado com a frase “O Brasil é dos brasileiros”

Ferramenta de comunicação

O alvoroço recente em torno do ório, bem como a alta aderência do item pelos apoiadores de Trump, reforça como a moda também é uma ferramenta de comunicação política. Em alguns casos, de forma sutil, como nas possíveis mensagens do look de Melania Trump na posse do marido. Em outros, escancarada, como na “guerra dos bonés”, que evidencia a atual polarização política, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

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