Aliado vê sanções dos EUA a Moraes como obra de Eduardo Bolsonaro
Governo dos EUA anunciou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode se tornar alvo de sanções do país
atualizado
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Depois de o governo dos Estados Unidos anunciar que Alexandre de Moraes pode ser alvo de sanções norte-americanas, aliados enxergam o avanço da medida como o fruto de um “trabalho” do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).
O parlamentar decidiu se licenciar do cargo na Câmara dos Deputados, em março deste ano, para permanecer no país liderado por Donald Trump em busca de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A avaliação é do presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, deputado Filipe Barros (PL), que assumiu o posto após o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidir ficar nos EUA.
“A fala do secretário de Estado, Marco Rubio, reflete o trabalho que o secretário de Relações Internacionais do Partido Liberal (PL) e meu amigo, deputado Eduardo Bolsonaro tem feito”, disse Barros ao Metrópoles.
Articulação nos EUA
Na última semana, o presidente da Credn viajou aos EUA para colocar em prática uma das promessas que fez ao assumir a comissão na Câmara: a de usar o órgão interno do legislativo brasileiro como ponte entre parlamentares brasileiros e congressistas e autoridades norte-americanas.
Ao lado de Eduardo Bolsonaro e do blogueiro Paulo Figueiredo, Barros se reuniu com o deputado Cory Mills, do Partido Republicano. O mesmo parlamentar que levantou o assunto das sanções contra o ministro do STF durante audiência com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na Comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Representantes dos EUA.
“Na semana ada, eu tive a oportunidade de estar com ele [Eduardo Bolsonaro] presenciando, e colaborando com o trabalho que ele tem feito nos Estados Unidos de denúncias as inúmeras violações de direitos humanos que estão acontecendo no Brasil”, afirmou o presidente da Creden.
Enquanto esteve nos EUA, Barros ainda se reuniu com outras autoridades norte-americanas ligadas a denúncias de supostos abusos de direitos humanos por parte do ministro Alexandre de Moraes, por meio de decisões judiciais.
Além disso, o deputado brasileiro se encontrou com Mike Benz, o ex-funcionário da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) que acusou o governo norte-americano de interferir nas últimas eleições brasileiras — sem apresentar provas concretas até o momento.