Cientistas descobrem genes que podem facilitar o emagrecimento
Pesquisadores analisaram como diferentes genótipos impactaram no emagrecimento de voluntários que participaram de um programa de exercícios
atualizado
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O caminho para uma perda de peso mais fácil pode estar ligado a fatores genéticos, sugere uma pesquisa da Universidade de Essex, no Reino Unido. Os cientistas encontraram genes que parecem estar ligados a um emagrecimento mais eficiente após acompanharem voluntários de um programa de exercícios físicos.
Segundo os pesquisadores, a presença do gene PARGC1A, que produz a proteína PGC-1α (que atua como um regulador no metabolismo energético), foi determinante para a perda de peso dos voluntários.
Os voluntários que tinham o gene chegaram a perder até cinco quilos em oito semana. Já os participantes sem o gene perderam, em média, dois quilos.
“Este estudo ajuda a preencher a lacuna entre a saúde da população e a ciência do exercício e pode informar a pesquisa na aplicação da genética para ajudar a desenvolver intervenções de saúde personalizadas individualmente”, disseram os pesquisadores no artigo.
Com exercícios e sem exercícios
Publicada no Research Quarterly for Exercise and Sport em setembro, a pesquisa envolveu 45 participantes britânicos, com idades entre 20 e 40 anos, que foram orientados a manter a alimentação e o estilo de vida habituais durante o experimento.
Os participantes foram divididos em dois grupos: o grupo de treinamento e o grupo controle. Os do grupo de treinamento seguiram um programa de corrida de 20 a 30 minutos, três vezes por semana. O grupo controle não praticou exercícios.
A ingestão alimentar não foi alterada em ambos os grupos para que os resultados refletissem o impacto exclusivo do exercício físico.
Os resultados mostraram que participantes do grupo que praticava exercícios apresentaram reduções significativas na massa corporal, enquanto o grupo controle registrou um leve aumento, mas não significativo.
Estilo de vida e a alimentação ainda são essenciais
Apesar dos resultados promissores, o autor principal do estudo Henry Chung destacou que o estilo de vida e a alimentação ainda são essenciais para a perda de peso.
“Este estudo identificou genes importantes para a redução de medidas, mas os genes, sozinhos, não são suficientes sem a prática de exercícios e mudanças no estilo de vida”, afirmou Chung, em comunicado á imprensa.
O pesquisador também reforçou a importância do exercício físico além da questão estética. “Os benefícios dos exercícios vão muito além da balança, abrangendo desde a saúde mental até a aptidão cardiovascular. Mesmo que os resultados na balança demorem a aparecer, a prática de atividade física é fundamental”, conclui.
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